POLÍTICA

Hemobrás: Humberto Costa cobra posição mais firme de Paulo Câmara

Humberto também rebateu críticas do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que articula a ida da fábrica para Maringá (PR), seu reduto político

Rádio Jornal
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Publicado em 10/08/2017 às 9:22

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Em meio à polêmica envolvendo a possível saída de uma fábrica da Empresa Brasileira de Hemoderivados (Hemobrás) de Pernambuco para o Paraná, o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), cobrou na manhã desta quinta-feira, 9, do governo de Paulo Câmara (PSB) uma postura incisiva para manter a Hemobrás no Estado.

Pernambuco fez o que pôde e temos que reconhecer o esforço gigantesco que Eduardo Campos fez e o governo atual também está fazendo, mas o Governo de Pernambuco é sócio da fábrica, então tem o direito de opinar sobre os destinos da empresa. O que tenho questionado é que apesar da bancada de Pernambuco estar muito forte na defesa desse investimento, gostaríamos que houvesse uma postura mais firme do Governo do Estado, que o governador tomasse para si essa bandeira, porque fará uma diferença grande no futuro do Nordeste", disse o petista à Rádio Jornal.

Humberto também rebateu críticas feitas a ele e aos governos federais do PT pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR). Nessa quarta (9), Barros citou nominalmente Humberto durante entrevisra à Rádio Jornal e as gestões petistas pelos problemas acumulados nas obras da Hemobrás, que já consumiu R$ 834 milhões em obras e ainda precisa, segundo ele, de mais US$ 250 milhões (quase R$ 800 milhões) para ficar pronta. “Não fui eu quem fiz o problema. Pergunte ao governo do PT e ao Humberto Costa por que a fábrica não foi terminada”, afirmou Ricardo Barros.

Ouça a entrevista com Humberto Costa

Barros propõe um contrato com a iniciativa para concluir as obras da fábrica da Hemobrás, em Goiana, e já tem interessados no negócio. Segundo vários deputados da bancada federal de Pernambuco, porém, o problema é a contrapartida sugerida pelo ministro: a construção de uma fábrica em Maringá, no Paraná, reduto eleitoral do próprio Ricardo Barros, para onde seria levado o “filé” da fábrica de Goiana, a produção do chamado fator recombinante.

Humberto admitiu que houve problemas na administração, mas falou sobre a demora na conclusão. "Ela foi iniciada em 2009 com previsão de 10 anos, não é simples construir uma fábrica de hemoderivados. Várias vezes houve necessidade de mudança no projeto original porque a tecnologia ia mudando", comentou.

A entrevista com o senador Humberto Costa foi realizada dentro do programa 'Passando a Limpo', com Geraldo Freire. Ouça o programa na íntegra: