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Santa Catarina mostra que basta querer mudar realidade da educação

A inquietação com os indicadores de educação partiu da indústria em Santa Catarina

Rádio Jornal
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Publicado em 18/08/2017 às 7:21

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Duas frases impressas no verso de uma nota fiscal emitida em uma lanchonete da cidade de Brusque (Vale do Itajaí) resumem o motivo da visita a Santa Catarina. “Você pode mudar a educação. E a educação pode mudar o Brasil.” Na primeira parada da equipe do Sistema Jornal do Commercio para uma refeição depois de deixar o Recife, pousar em Florianópolis e rumar por mais de 100 quilômetros a noroeste, a mensagem no papel reforça a vontade coletiva dos catarinenses. A disposição para melhorar a qualidade e o acesso ao ensino público. Há cerca de cinco anos o Estado vive uma revolução ao tornar o tema uma prioridade constante de toda a sociedade. Essa mudança ganhou o nome de Movimento Santa Catarina pela Educação. Que hoje reúne mais de duas mil empresas. Exemplo para Pernambuco e para o Brasil.

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A inquietação com os indicadores educacionais partiu da indústria. O setor ocupa quase 24% da população de Santa Catarina, que tem o sexto maior PIB do País. Há cinco anos, 39% dos trabalhadores industriais não tinham formação básica concluída, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. O Estado, então, vivia um impasse: como manter um crescimento sustentável sem mão de obra qualificada? Mais que a resposta, a ação partiu de um personagem essencial nessa história, o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. Em 2012 ele arregaçou as mangas e, usando sua influência, reuniu empresas interessadas em investir no futuro e criou o movimento A Indústria Pela Educação. “Educação sempre foi importante para o País, mas nunca prioridade. Em Santa Catarina agora ela é prioridade”, garante. A mobilização conseguiu captar, de uma só vez, o interesse pela educação e a inclinação que parece ser natural dos catarinenses de olhar para a coletividade.

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O Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), em um trabalho integrado de suas plataformas, buscou, ao longo de dois meses, exemplos de instituições privadas que estão dispostas a fazer a diferença. Encontramos empresas que não se conformaram com o quadro sombrio do desempenho das escolas públicas do País. Arregaçaram as mangas, mudaram vidas. Ao longo desta semana, internautas, leitores, telespectadores e ouvintes poderão conhecer essas histórias no especial Educação, Emprego e Futuro e se deixar levar por um sentimento de esperança em tempos de instabilidade.

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EQUIPE

O conteúdo foi produzido de forma integrada por profissionais de todos os veículos do SJCC. Na reportagem, Cinthia Ferreira (TV Jornal), Luiza Freitas e Margarida Azevedo (JC Online/ Jornal do Commercio). Fotos, vídeos e captação de som ficaram a cargo do repórter fotográfico Guga Matos (JC Imagem). Na produção, a jornalista Vanessa Cortez. O trabalho de concepção gráfica foi assinado por Karla Tenório, que fez o trabalho de animação junto com Catarina Farias.