Uma reunião no Conselho Tutelar do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, decide o rumo do recém-nascido jogado em um esgoto na semana passada. Mais especificamente, o encontro aborda como vai ser a retirada do bebê do hospital onde está internado para a guarda ou para a adoção.
Um dos conselheiros tutelares, Lucas Peixoto, um dos responsáveis pelo caso. “Amanhã de manhã vamos buscar essa criança no (Hospital) Barão de Lucena e encaminhando para uma unidade de acolhimento provisório. Posterior a esse momento a gente noticia o fato ao Ministério Público para que aí posso iniciar o processo judicial da guarda ou adoção dessa criança”, explicou Lucas.
A criança pode ficar com algum membro da família. “Às vezes as pessoas não entendem, porque a maneira como ocorreu o abandono nos deixa revoltados”, comentou. “Se houver a manifestação de algum familiar, não necessariamente a mãe, de repente aparece uma avó, uma tia, um tio, que demonstre interesse em cuidar dessa criança, dar afeto (...) Ela pode sim, dependendo do entendimento da justiça, ter a guarda dessa criança”, detalhou o conselheiro tutelar.
Como nenhum familiar procurou os órgãos competentes para demonstrar interesse em ficar com o bebê, é provável que o recém-nascido seja listado no Cadastro Nacional de Adoção junto ao poder judiciário.
Confira os detalhes:
Relembre o caso
O recém-nascido foi encontrado por dois policiais militares na Rua Tota Ventura, no bairro dos Torrões, na Zona Oeste do Recife, na noite da quarta-feira (23). A criança foi abandonada e os PMs ouviram o choro, foi quando encontraram o bebê dentro de uma sacola preta no esgoto.
O bebê ainda estava com o cordão umbilical e restos de placenta. Inicialmente, a criança foi levada para a UPA dos Torrões e, posteriormente, transferida para o Hospital Barão de Lucena, na Avenida Caxangá, na Zona Oeste do Recife, onde permanece internada.