POLÍTICA

Humberto Costa não descarta aliança do PT com PSB para 2018, mas diz que objetivo é ter candidatura própria

O deputado federal Jarbas Vasconcelos também falou sobre uma possível aliança do PT com a Frente Popular e disse que "dá para conviver com o PT"

Rádio Jornal
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Publicado em 01/09/2017 às 9:48

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Depois que o deputado federal Jarbas Vasconcelos disse que "dá para conviver com o PT" numa possível aliança com a Frente Popular no próximo ano, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que no momento a posição do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco é de ter uma candidatura própria, que poderia ser de Marília Arraes pelo que circula nos bastidores, mas ainda assim o petista não descartou nenhuma aliança para 2018.

"Não houve nenhuma conversa, foi apenas uma opinião de Jarbas, não há conversa formalizada e sabemos que em Pernambuco é muito difícil nosso grupo voltar para a Frente Popular, até porque o PSB esteve contra Dilma, votou no impeachment. Se a eleição fosse hoje o PT teria candidatura própria", disse Humberto à Rádio Jornal.

Crítico ferrenho das gestões petistas, o deputado Jarbas Vasconcelos adotou um discurso brando, nessa quinta, ao falar da possibilidade de ter os petistas como aliados, assinalando que está disposto a ter tolerância (palavra que repetiu diversas vezes) com essa nova conjuntura que pode se formar, em nome da aliança com o governador. "Eu posso ser acusado disso ou daquilo, mas eu não sou uma pessoa intolerante. O PT chegando chegou, deixa ele chegar, não faz mal nenhum, eu não vou me incomodar não", disse.

Para Humberto, as portas do PT não podem se fechar. "Hoje nossa posição é de ter candidatura própria, mas sem fechar as portas para nenhum partido. Não acumulo raiva pessoal de ninguém, mas se fosse hoje estaria descartada, não podemos falar disso, pois não há nada que justifique, mas vai depender da aliança nacional com Lula, depende de muita coisa", disse o senador.

Jarbas também ponderou que a aliança entre PT, PMDB e PSB que vem sendo apontada é "absurda", mas "politica é politica, pode acontecer". "Não há possibilidade de eu me abraçar com o PT, nenhuma, zero. Mas eles chegando eu tenho que ter grandeza, espaço, tolerância. Eu não posso virar um intolerante nessa altura da minha vida, da minha idade", contou o deputado. Ele também garantiu que não tem pretensões de romper com o governador Paulo Câmara.

PT e PSB

Atualmente, o PT e o PSB assumem posições antagônicas no cenário político de Pernambuco. Mas no governo Temer, o cenário é outro. Em abril, o PSB decidiu fechar questão contra as reformas Trabalhista e da Previdência. Em maio, os socialistas desembarcaram da base aliada e pediram a saída do presidente Michel Temer (PMDB), além de defenderem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha a antecipação das eleições diretas.

Neste mês, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), fez uma visita ao governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas. Ele também se encontrou com a mãe do ex-governador Eduardo Campos, Ana Arraes, como um gesto de condolência as mortes de Eduardo e Miguel Arraes. Na vinda de Lula ao Recife em sua caravana, ele foi à casa da viúva de Eduardo, Renata Campos e lá se encontrou com Paulo e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

Com informações do Jornal do Commercio

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