Furacão Irma

Furacão Irma: especialista explica fenômeno que atinge as Américas

Geólogo Lucivânio Jatobá falou sobre a formação e a força do Furacão Irma; fenômeno deve atingir os EUA neste final de semana

Rádio Jornal
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Publicado em 09/09/2017 às 18:42

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Responsável por deixar mais de 20 mortos no Caribe e quase 25 mil desalojados na América Central, o Furacão Irma tem chamado a atenção de especialistas por sua força e capacidade destrutiva. O fenômeno, que deve atingir a costa leste dos EUA neste final de semana, foi explicado pelo geólogo Lucivânio Jatobá em entrevista à Rádio Jornal na tarde deste sábado (9).

"Estamos tendo o furacão Irma, que está indo para o sul dos EUA e passou por Cuba. Ele perdeu força, é bem verdade. É uma boa notícia. Mas ele pode adquirir mais energia nesta madrugada, no início do domingo, podendo ir para a categoria quatro ou cinco", disse o especialista.

Ouça a entrevista na íntegra

O Centro Nacional de Furacões (NHC) com sede em Miami anunciou a queda da categoria 4 para 3 no boletim das 15H00 GMT (12H00 de Brasília), mas advertiu que prevê "o fortalecimento na trajetória para o sul da Flórida e os Keys", região litorânea do estado americano.

Segundo Lucivânio, o surgimento do Furacão Irma se deu por conta das altas temperaturas oceânicas. "O problema está no Atlântico. Os ciclones tropicais são alimentados pelas temperaturas elevadas da superfície oceânica. Estamos observando temperaturas elevadas entre a África e o Caribe. São áreas de baixa pressão, o que chamamos de depressão barométrica e quanto maior a diferença de pressão mais os ventos adquirem velocidade, é isso que está acontecendo".

A situação, segundo o Lucivânio, poderia ser pior. "Quando os furacões entram no Golfo do México, a situação complica. Essas regiões são quentes, o oceano lá tem temperaturas acima da média, dando mais energias aos furacões. O roteiro do Irma não está para o Golfo do México".

Miami recebe Irma como cidade fantasma

A turística ilha diante da cidade de Miami estava deserta neste sábado (9), e um forte vento já era presente, em meio a bares e lojas fechados e protegidos com tapumes.

A turística ilha diante da cidade de Miami estava deserta neste sábado, e um forte vento já era presente, em meio a bares e lojas fechados e protegidos com tapumes.