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Operação investiga sonegação na venda de produtos do Rock in Rio

Operação do Ministério Público e da Receita Estadual do Rio de Janeiro investiga empresas licenciadas para comercializar produtos oficiais do Rock in Rio

Da Rádio Jornal
Da Rádio Jornal
Publicado em 26/09/2017 às 16:27

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O Festival Rock in Rio, que chegou ao fim no último domingo (24), está na mira de uma operação do Ministério Público e a Receita Estadual do Rio de Janeiro. Os órgãos cumprem nesta terça-feira (26) três mandados de busca e apreensão em empresas licenciadas para comercializar produtos oficiais do festival. O evento reuniu milhões de pessoas durante os sete dias.

A operação batizada de 'SimplesMENTE' busca colher provas para sustentar a denúncia de sonegação de mais de R$ 4 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS). As investigações começaram depois que o serviço de inteligência do fisco identificou a criação fraudulenta de várias pequenas empresas enquadradas no regime tributário Simples Nacional, com objetivo de diluir as operações financeiras do grupo e pagar menos impostos. O MP conseguiu demonstrar que todas estão ligadas ao mesmo grupo, o Angra Marcas & Merchandising, que ainda não se pronunciou sobre a operação.

Simples Nacional

O Simples foi criado como um regime tributário diferenciado para empresas com receita bruta anual limitada. A meta era facilitar a relação das micro e pequenas empresas com o fisco. O regime também descomplica o cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias.

As empresas venderam no Rock in Rio mais de 700 produtos oficiais com a marca do festival como bonés, copos e chaveiros, em diversos pontos espalhados pela cidade e no Parque Olímpico da Barra, onde ocorreram as apresentações de atrações nacionais e internacionais.

Os mandados foram expedidos pela 43ª Vara Criminal da Capital e são cumpridos pela Polícia Civil nas sedes das sete empresas envolvidas e em um escritório de contabilidade.

Com informações da Agência Brasil*