O tratamento é fundamental para quem sofre com algum transtorno mental, mas na prática muitos familiares de doentes tem dificuldade em receber assistência, seja pela falta de hospitais e centros especializados ou por aceitação do doente. Segundo o psiquiatra Feliciano Abdon, os casos mais graves de distúrbios psíquicos não são tratados. "Dentre a imensidão dos portadores de transtorno mental, nós temos 3% de doentes graves. Eles são os menos tratados no mundo inteiro", destaca.
O problema se dá não só por falta de atendimento especializado, mas também por conta da falta de reconhecimento por parte do doente, como uma pessoa que sofre com a doença. "Graves porque podem surtar e porque não admitem que são doentes, não aderem ao tratamento e querem fazer tudo que todo mundo faz", argumenta.
O Consultório do Rádio Livre desta terça-feira (10) tratou sobre "distúrbios psíquicos e a política psiquiátrica de Pernambuco" e além do Dr. Feliciano, Graça Araújo recebeu o coordenador de saúde mental de Pernambuco, João Marcelo Costa.
Ouça na íntegra:
Em Pernambuco a principal unidade de atendimento psiquiátrico na Região Metropolitana do Recife é o Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, Zona Norte do Recife.