A revista inglesa The Economist, uma das mais prestigiadas publicações sobre economia no mundo, falou sobre o deputado federal e pré-candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), em sua edição desta semana. Em tom crítico, a revista falou sobre a carreira política de Bolsonaro, sua base eleitoral, seu pouco conhecimento sobre economia e perguntou: "Pode um demagogo se tornar presidente?".
A revista abre a sua reportagem dizendo que Bolsonaro está longe de ser um messias e que se aproxima mais de um "garoto impertinente".
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"Um nacionalista religioso e ex-capitão do Exército, ele é anti-gay, pró-armas, e faz apologia de ditadores que torturaram e mataram brasileiros entre 1964 e 1985. Ele se coloca contra a elite política do país, cujo modus operandi foi exposto pelos três anos da Operação Lava-Jato", foi assim que a Economist definiu o político que aparece na segunda colocação das pesquisas de intenção de voto para a Presidência nas eleições de 2018. Bolsonaro fica atrás apenas do ex-presidente Lula (PT), que soma uma vantagem de mais de 20%, segundo a sondagem feita pelos entrevistados.
Donald Trump
A Economist ainda faz um paralelo entre Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando fala da inexperiência do brasileiro em temas fundamentais da economia. Além disso, a revista diz também que a retórica de Bolsonaro é "ainda mais indecorosa que a de Donald Trump". "Bolsonaro admitiu recentemente em entrevista à revista Bloomberg que seu entendimento sobre economia é superficial", publicou a revista.
Segundo a leitura feita pela Economist, o voto em Bolsonaro recebe impulso por causa do cenário de desemprego, descrença na democracia e crescimento da pobreza.
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*Com informações do Blog "Radar", na revista Veja