Operação Torrentes

Será provado que não houve irregularidade, diz Geraldo Júlio sobre Torrentes

Prefeito do Recife falou pela primeira vez sobre a operação deflagrada nessa quinta-feira (10) pela Polícia Federal

Rádio Jornal
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Publicado em 10/11/2017 às 10:40

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O prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB) falou pela primeira vez sobre a Operação Torrentes, deflagrada ontem pela Polícia Federal que investiga fraudes em recursos para enchentes em Pernambuco em 2010 e também neste ano. Neste período, Geraldo ocupava o cargo de Secretário de Planejamento do Estado e coordenava a 'Operação Reconstrução'. Segundo ele, todo o dinheiro recebido, cerca de R$ 450 milhões, foi investido nos municípios.

"Temos que analisar em três aspectos. Primeiro o aspecto social e público: no maior desastre natural que aconteceu em Pernambuco, as pessoas foram atendidas. A questão política também tem que ser observada, aqueles adversários de má fé podem transformar isso numa ação política. Também tem a questão legal, onde tenho certeza que vai ser comprovado que não houve nenhuma irregularidade", disse Geraldo Júlio.

Operação Torrentes

A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira a "Operação Torrentes”, que visa desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco de verbas destinadas à recuperação das cidades afetadas pelas enchentes de 2010 e 2017.

As equipes da PF foram vistas em prédios públicos, como no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. A Casa Militar é o principal alvo dos agentes.

A Operação Torrentes cumpriu mandados de prisão temporária e condução coercitiva contra 10 militares, incluindo o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Carlos D’Albuquerque, e o coronel Mário Cavalcanti de Albuquerque, nomes confirmados pelo assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro. Ao todo, estão sendo cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 20 de condução coercitiva em Pernambuco e uma no Pará.