INVESTIGAÇÃO

Delegada Gleide Ângelo deixa caso Beatriz Mota

Beatriz Mota foi morta em dezembro de 2015 durante uma formatura em uma escola particular em Petrolina; o assassino ainda não foi encontrado

Rádio Jornal
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Publicado em 27/11/2017 às 8:45

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O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, informou nesta segunda-feira (27) que a delegada Poliana Nery vai assumir o caso da menina Beatriz Mota, morta em dezembro de 2015. A delegada Gleide Ângelo deixará o caso.

Pádua não informou os motivos da troca, mas mostrou confiança no trabalho da nova delegada. “Ela (delegada Poliana) já está aqui trabalhando nessa investigação, debruçada sobre os 14 volumes dessa investigação. A gente não tem dúvidas de que ela vai encontrar o suspeito e efetivamente fazer a prisão e leva-lo a justiça”, destacou o delegado.

A delegada Gleide Ângelo estava no comando das investigações do assassinato de Beatriz Mota desde o final de 2016.

Relembre o caso

Beatriz foi encontrada morta em um depósito da escola. A investigação revelou que durante o evento muitas pessoas avistaram o homem descrito no retrato falado, que vestia uma camiseta verde e calça jeans. As testemunhas disseram tê-lo visto fingir que bebia água no bebedouro onde a criança disse que iria antes de ser assassinada.

Nos depoimentos, o suspeito foi descrito como de olhar “assustador e intimidador”. Uma criança ouvida disse ainda que ele teria a chamado para buscar mesas e cadeiras, mas, com medo, ela correu. Até mesmo um funcionário da escola percebeu a presença do desconhecido e ficou no local esperando que outro aluno tomasse água para não deixá-lo sozinho com o homem.

Para chegar ao suspeito, a polícia analisou as imagens internas e externas da escola, incluindo as do evento (feitas por fotógrafos, cinegrafistas profissionais e participantes). Foram analisadas 4.270 fotos oficiais da festa e mais de cinco terabytes de fotos e vídeos cedidos pela população. A faca também foi analisada. No utensílio foi identificado um perfil de DNA masculino.

A imagem dele foi divulgada pela polícia pela primeira vez em março deste ano. Desde então, vários possíveis suspeitos foram denunciados pela população e foram encaminhados para exames de DNA. Mas até hoje nenhum deles foi considerado o assassino.