Três policiais civis e um comerciante tiveram prisão temporária decretada após a Polícia Civil de Pernambuco ter deflagrado a Operação Bis In Idem com o objetivo de investigar o grupo que é acusado pelos crimes de concussão, lavagem de dinheiro, receptação qualificada e usurpação de função pública.
De acordo com as investigações, os policias que são dois agentes e um comissário, são lotados na cidade de Caruaru, no Agreste do Estado. O comerciante, que também é do mesmo município, foi identificado como primo de um dos acusados. Ele se passava por funcionário público para cometer os crimes.
Esquema de extorsão
O esquema foi descoberto após as vítimas, que eram empresários donos de transportadoras de vários Estados do Brasil, procurarem a polícia para registrar Boletim de Ocorrência por roubo de cargas, carretas e caminhões.
De acordo com os empresários, após o registro do B.O., os policiais civis envolvidos no crime entravam em contato para extorqui-los e pelo suposto trabalho cobravam 30% do valor do bem roubado. Algumas vítimas chegaram a pagar.
De acordo com a justiça, mais de R$ 5 milhões entre móveis, imóveis e contas bancárias foram bloqueados. O delegado do Grupo de Operações Especiais (GOE), Ramon Teixeira, detalha a operação. “Ao longo das investigações nós identificamos que a linha base deles era o ganho financeiro a qualquer custo”, disse.
Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:
Envolvimento com quadrilha
Para a polícia, existe a possibilidade dos policias acusados terem relação direta com a quadrilha que praticava os assaltos nas estradas.
As identidades dos policiais foram preservadas para não atrapalhar o andamento das investigações. Eles foram encaminhados ao Cotel, em Abreu e Lima, e podem ter a prisão temporária revertida para prisão provisória.