A investigação sobre a morte do professor Betinho teve mais uma reviravolta. Um novo laudo realizado pelo Instituto de Criminalística de Pernambuco apontou que a digital encontrada em um dos móveis da casa de José Bernardino da Silva Filho, o Betinho, de 49 anos, não era do estudante Ademário Gomes da Silva Dantas, apontado pela Polícia Civil como um dos autores do homicídio do professor. O outro suspeito é um adolescente à época com 17 anos.
O laudo confirma o resultado de outro exame feito por peritos federais do Instituto Nacional de Identificação feito também a pedido da justiça. Segundo os peritos, as digitais encontradas são do próprio Betinho.
A justiça já está com o resultado e o laudo deve ser analisado nas próximas semanas pelo Ministério Público, que vai dar um parecer sobre o resultado. O advogado de defesa de Ademário, Jorge Wellington, informou que vai pedir a absolvição do réu ou o trancamento da ação penal.
O outro suspeito responde perante a Vara da Infância e Juventude e o processo está sob segredo de justiça. Betinho foi assassinado dentro do apartamento onde morada, no bairro da Boa Vista, em maio de 2015. A próxima audiência do caso está marcada para 23 de fevereiro de 2018.
Relembre o caso
O professor Betinho foi encontrado morto no mês de maio de 2015. De acordo com a polícia, os responsáveis pelo crime são
dois alunos da escola onde Betinho trabalhava como coordenador pedagógico, o Colégio Ágnes. O Instituto de Medicina Legal apontou ainda que Betinho foi torturado antes de ser morto.
Ademário Dantas, de 22 anos, que é filho do diretor do colégio, vai responder na justiça por homicídio qualificado e teve a
prisão preventiva decretada pela justiça. Já o outro suspeito, que na época do crime era um adolescente de 17 anos, teve o procedimento encaminhado para a Vara da Infância e Juventude e deve responder o ato infracional em reclusão.
Segundo o delegado Alfredo Jorge, as impressões digitais do adolescente foram encontradas na arma do crime, um ferro de
passar roupa, e no ventilador que teve o fio usado para amarar o pé da vítima. As digitais do Ademário Dantas foram
encontradas na sala do apartamento de Betinho.