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Estados Unidos e Coreia do Sul começam exercício aéreo

A Coreia do Norte lançou um míssil continental balístico no Mar do Japão, há menos de uma semana

Rádio Jornal
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Publicado em 04/12/2017 às 10:26

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Os Estados Unidos e a Coreia do Sul começaram nesta segunda-feira (4) um exercício aéreo conjunto previsto para durar cinco dias. A manobra – uma das maiores já realizadas pelos dois países – vai utilizar 230 aviões, entre eles, caças F-22 Raptor. A operação foi batizada de Vigilant Ice (vigilante de gelo) e também envolve, segundo comunicado do governo sul coreano, milhares de soldados.

Há menos de uma semana, a Coreia do Norte lançou sobre o mar do Japão um míssil continental balístico considerado o maior até agora, desde sua escalada de testes com mísseis.

No fim de semana, o jornal norte-coreano Rodong falou sobre o exercício militar realizado pelos exércitos americano e sul coreano. "É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte que poderia resultar em uma guerra nuclear a qualquer momento", afirmou o editorial do jornal.

Com o mesmo tom adotado anteriormente, o texto chama a vizinha Coreia do Sul de "marionete" dos Estados Unidos. "Faria bem recordar que seu exercício militar [dos Estados Unidos] dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido como um ato que precipita sua autodestruição".

Tensão nuclear

A troca de acusações entre os dois governos continua. Há duas semanas a Coreia do Norte foi incluída na lista dos países que os Estados Unidos classifica como terrorista. A reação da Coreia do Norte veio na quarta-feira passada, quando Pyongyang lançou o míssil no mar do Japão.

Segundo um comunicado emitido na ocasião pelo país, comandado por Kim Jong Un, o míssil lançado semana passada, um Hwasong 15, poderia transportar uma ogiva nuclear e atingir todo o território continental dos Estados Unidos. O Pentágano não confirmou a informação, mas reconheceu que o míssil é o maior já lançado pelo país adversário.

O governo norte-americano pediu novas sanções contra a Coreia do Norte ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e interlocutores do governo Donald Trump afirmam que a possibilidade de uma guerra aumenta dia após dia.