Polícia Federal

Iraquianas são autuadas no Aeroporto do Recife com passaportes falsos

As duas mulheres estavam com uma criança de 6 anos e tentavam embarcar no Recife com destino à Espanha, onde pediriam refúgio em algum país europeu

Rádio Jornal
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Publicado em 01/01/2018 às 11:43

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Na madrugada do último sábado (30), duas mulheres iraquianas fora autuadas em flagrante tentando embarcar no Aeroporto Internacional do Recife usando passaportes israelenses falsos. Eida Haji, de 28 anos, que estava acompanhada do filho de 6 anos, e Majida Shammo, de 22 anos, foram autuados por volta da meia-noite. Eles tentavam viajar para a Espanha.

Segundo informou a Polícia Federal, a mulher mais nova, Majida Shammo, que fala inglês, confirmou que os documentos eram falsos e adquiridos na Turquia. As duas mulheres não explicaram como conseguiram entrar no Brasil, mas contaram que ficaram hospedadas num hotel do Rio de Janeiro e lá foram orientadas a virem ao Recife.

As mulheres disseram ainda que o objetivo da viagem era chegar à Europa e lá pedir refúgio.

Refúgio

As estrangeiras demonstraram interesse em pedir refúgio no Brasil e não retornar ao Iraque, tendo em vista que o país está destruído por lutas e guerras. O pedido de refúgio foi preenchido e será encaminhado para o órgão central da Polícia Federal em Brasília-DF, onde deverá ser analisado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão responsável por analisar os pedidos e declarar o reconhecimento, em primeira instância, da condição dos refugiados.

Tendo sido constatado a falsificação dos passaportes, as suspeitas receberam voz de prisão em flagrante e o menor foi apreendido. Em seguida, foram encaminhadas para a audiência de custódia onde foram liberadas e deverão responder ao processo em liberdade. As estrangeiras ficaram provisoriamente hospedadas num hotel na capital pernambucana indicado pela Justiça Federal. A partir desta terça-feira (2), deverão ser encaminhadas para uma casa abrigo indicada pelo Governo de Pernambuco, a fim de esperar a decisão do pedido de refúgio. Caso sejam condenadas pelos crimes de Falsificação de Documento Público e Uso de Documento Falso, poderão pegar penas que variam de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa.

O caso está sendo tratado como de cunho humanitário e todas as providências necessárias para o bem-estar de todos os estrangeiros foram providenciados pela Polícia Federal, Justiça Federal, Defensoria Pública, Prefeitura do Recife e Secretaria de Defesa Social.

*Com informações da TV Jornal