Onze príncipes sauditas foram presos na Arábia Saudita após realizem um protesto em defesa dos seus privilégios. A detenção e reclusão aconteceu durante manifestação em frente ao Palácio Real Al Yamama, em Riad, segundo informou o procurador-geral, Saud al Moyeb.
Segundo o procurador-geral, os príncipes reconheceram "seu erro e sua má atitude", mas foram presos porque se recusaram a deixar o Palácio Real Al Yamama durante os protestos. Os membros da família real permanecerão detidos à espera de um julgamento.
O procurador esclareceu que "todos (os cidadãos) são iguais perante a lei" e que "qualquer pessoa que não respeitar as ordens e instruções será julgada, seja quem for".
Motivo do protesto
Na pauta da manifestação dos príncipes sauditas eles exigiam o cancelamento de um decreto real onde o governo deixará de pagar as contas de eletricidade e água deles. O decreto ainda não foi publicado oficialmente. Os cortes visam compensar a queda nas receitas da venda do petróleo, que causaram um défice estimado de 52 mil milhões de dólares em 2017.
Eles ainda pediam uma compensação financeira a um dos príncipes por um julgamento em que o mesmo foi condenado. No dia 5 de novembro do ano passado, o governo saudita deteve 11 príncipes e 38 políticos, entre eles quatro ministros, acusados de corrupção.