CRIME

Ministério Público de PE denuncia suspeito de matar Remís Carla

O Ministério Público de Pernambuco pediu a prisão preventiva dele que cumpri no Cotel prisão temporária

Rádio Jornal
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Publicado em 09/01/2018 às 22:07

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou nesta segunda-feira (8) ao Tribunal do Júri de Pernambuco (TJPE) o pedreiro Paulo César de Oliveira Silva pela morte da estudante de pedagogia Remís Carla Costa assassinada em 17 de dezembro de 2017. O órgão pediu a prisão preventiva dele.

Segundo o texto da denúncia, Paulo matou a namorada por motivo fútil, dificultando a defesa e exercendo violência doméstica e familiar ao esganá-la. Ele tentou encobrir o crime de homicídio, ocultando o corpo da estudante no quintal de sua residência e mantinha um relacionamento afetivo permeado por sentimento de posse e agressões dele.

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Obsessão

A promotora de Justiça Carolina de Moura Cordeiro Pontes cita na denúncia atos de violência de Paulo contra Remís e a queixa dela contra ele em 23 de novembro do ano passado, quando foi à Primeira Delegacia da Mulher, em Santo Amaro e pediu medida protetiva. O motivo seria porque um dia antes a vítima foi ao lançamento do livro “A pequena prisão” e o denunciado achou que o autor da obra estaria se insinuando para ela.

“Enciumado, o denunciado tentou acessar o celular da vítima para confirmar suas suspeitas. Por não conseguir a senha de acesso, danificou o aparelho telefônico dessa. A vítima ao perceber foi tomar satisfações, tendo o denunciado a lesionado no braço, fato que resultou numa equimose”, esclarece a promotora de Justiça.

Relembre o caso

Remís Carla Costa desapareceu após sair da casa do namorado, Paulo Cesar de Oliveira, segundo a versão dele. De acordo com a família da jovem, a garota e o rapaz discutiram naquele dia, dentro da casa dele, no bairro de Nova Morada. Remís teria saído da residência de Paulo, sem dizer onde iria. O último contato com os familiares e amigos foi também no dia 17 de dezembro, por meio de mensagens em redes sociais. Em depoimento à polícia, o namorado negou agressões à jovem. Durante seis horas, Paulo continuou afirmando que, após a briga na tarde do domingo, ele não teve mais informações da namorada.