Debate

Ministro da Defesa diz que presídios estão sob controle do crime organizado

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, falou com o comunicador Geraldo Freire no debate da Super Manhã desta segunda-feira (22)

Rádio Jornal
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Publicado em 22/01/2018 às 11:59

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Raul Jungmann (PPS-PE), ministro da Defesa do governo Michel Temer (MDB), foi o convidado do Debate da Super Manhã desta segunda-feira (22), na Rádio Jornal. O pernambucano conversou com o comunicador Geraldo Freire sobre os problemas do Brasil na área de segurança pública e afirmou que a maioria dos presídios e penitenciárias do Brasil está sob controle do crime organizado.

O ministro respondia a uma pergunta a respeito de Roraima, que passou por uma situação de caos no sistema prisional no início de 2017.

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"Eu tenho dito e repetido que, primeiro, o grande crime organizado no Brasil, as grandes gangues, surgiu dentro dos presídios e penitenciárias. E, em segundo lugar, presídios e penitenciárias são praticamente peneiras. Onde entra tudo e sai tudo. Então esse é o local onde você devia ter o máximo controle do Estado, porque quem está lá, está privado de liberdade então você tem que ter um controle praticamente absoluto", disse o ministro, que completou: "Infelizmente, a grande maioria, se não praticamente maioria esmagadora dos nossos presídios e penitenciárias, estão sob o controle do crime organizado e não do Estado, não do poder público".

Guarda Nacional de Segurança

Falando sobre o problema da segurança pública, o ministro contou que conversou com o presidente Michel Temer sobre a criação de uma Guarda Nacional de Segurança que, diferentemente das ações da Força Nacional, agiria de forma permanente: "O problema da segurança pública é um problema crítico em toda a federação brasileira. O presidente nos convocou para discutir uma guarda nacional permanente. Porque o constituinte de 1988 ele era "8 ou 80": ou você ficava com as forças de segurança locais, na situação, digamos assim, ordinária, ou extraordinariamente você convoca as Forças Armadas. Não tem nada no meio, deveria ser a força nacional de segurança, mas a força nacional de segurança é uma coisa que você organiza para a tarefa, ou seja: eu tenho um problema no Pará, então eu pego 100 de Pernambuco, 500 de São Paulo... é o que acontece hoje. Então você precisaria ter, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos, uma Guarda Nacional, que ficaria entre o Exército e entre as Forças locais".

De acordo com o ministro, participaram dessa conversa, além dele e do presidente Temer, representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Confira o momento em que o ministro fala sobre o tema:

Ouça o debate na íntegra: