RECUPERAÇÃO

Sobreviventes do acidente da Tamarineira recebem alta e vão para casa

Menina Marcela Guimarães terá que fazer cirurgia para refazer ossos do crânio. Outras três pessoas morreram no acidente da tamarineira há dois meses

Rádio Jornal
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Publicado em 24/01/2018 às 12:49

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O advogado Miguel Arruda da Motta Silveira, de 45 anos, falou hoje pela primeira vez com a imprensa desde o trágico episódio na Tamarineira, ocorrido em 26 de novembro de 2017. Ele recebeu alta e volta para casa pela primeira vez após o acidente. Saiba mais na reportagem de Marcela Maranhão:

No acidente, morreram Maria Emília Guimarães Silveira, de 39 anos, esposa de Miguel, e seu filho, Miguel Neto, de apenas 3 anos. A quarta vítima, Marcela Guimarães da Motta Silveira, de apenas 5 anos, recebeu alta hoje da UTI pediátrica do hospital Santa Joana e vai para casa junto com o pai.

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Quadro delicado

De acordo com a neurocirurgiã Débora Pinho, que acompanha o quadro de Marcela, o estado de saúde da menina ainda inspira cuidados. Apesar de já ter tido uma grande evolução, ela ainda vai precisar passar por uma cirurgia para refazer os ossos do crânio, além de fazer fisioterapia e fonoaudiologia. Ela não reage a estímulos, nem fala. Ainda não há previsão para a realização da cirurgia, que é bastante delicada.

A chefe da UTI Pediátrica, Dra. Célia Dantas, avalia que o apoio dos familiares a Miguel e Marcela foi fundamental para a melhora dos pacientes.

Miguel agradeceu o apoio dos médicos, dos socorristas do Samu, dos parentes e também das pessoas que ajudaram a família de outras formas, como enviando mensagens de força e afeto todos os dias pelas redes sociais. Ele está com a saúde reestabelecida e trata apenas um pequeno desajuste na coluna cervical. Ouça a entrevista coletiva:

Acidente fatal

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A batida foi causada pelo jovem João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, que dirigia alcoolizado. No momento do acidente, o teste de alcolemia apontou 1,03 mg de álcool por litro de sangue. Pela lei brasileira, o máximo permitido é de 0,05 mg de álcool por litro de sangue. Ele segue preso no Cotel, em Abreu e Lima.

Victor estava embriagado no momento do acidente e por isso foi acusado de triplo homicídio com dolo eventual, quando não há a intenção de matar, mas o risco é assumido, mais duas lesões gravíssimas. Ele aguarda julgamento no Cotel, em Abreu e Lima, e teve o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça.

Durante a colisão, que aconteceu no cruzamento da Rua Cônego Barata com a estrada do arraial, a babá Roseane Maria Brito de Souza, de 23 anos, também morreu. Ela era folguista e trabalhava com a família apenas a cada 15 dias. Ela estava grávida de três meses.