Cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão – um total de 11,5 milhões de casos registrados no país, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos.
Para o psiquiatra Milton Marques de Sá, a desinformação e preconceito atrapalham o tratamento da depressão, ansiedade, síndrome do pânico e transtorno bipolar também estão entre as doenças psiquiátricas mais recorrentes. Se não tratados, os transtornos mentais podem se agravar a ponto de levar à morte. Em alguns casos, as doenças mentais podem ser confundidas com outras enfermidades, como viroses, e ter seu diagnóstico atrapalhado.
Com o tratamento adequado, as pessoas que sofrem de transtornos mentais podem voltar a levar uma vida saudável e feliz. Ouça a entrevista completa do comunicador Leonardo Boris com o médico:
Dormir não é optativo, diz psiquiatra sobre saúde mental
No Mundo
De acordo com a OMS, o número de pessoas vivendo com depressão está aumentando - 18,4% entre 2005 e 2015 - . A estimativa é que, atualmente, cerca de 322 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença em todo o mundo. O órgão alertou que a depressão é a principal causa de incapacidade laboral no planeta e, nos piores casos, pode levar ao suicídio.
O levantamento mostra que, além do Brasil e dos Estados Unidos, países como Ucrânia, Austrália e Estônia também registram altos índices de depressão em sua população – 6,3%, 5,9% e 5,9%, respectivamente. Entre as nações com os menores índices do transtorno estão Ilhas Salomão (2,9%) e Guatemala (3,7%). A prevalência na população mundial, segundo a OMS, é 4,4%.