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Iraquianas refugiadas recuperam passaportes e retiram Carteira de Trabalho

As iraquianas também já deram entrada no pedido de refúgio no Brasil; elas têm o desejo de estudar, trabalhar e se estabelecer em Pernambuco

Rádio Jornal
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Publicado em 29/01/2018 às 15:02

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Acompanhadas pelo secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, e por um tradutor, as iraquianas Madida Dárruísh, de 20 anos, e Ida Aman, de 24, solicitaram, na manhã desta segunda-feira (29), no Recife, a Carteira de Trabalho e Previdência Social.

Elas já deram entrada no pedido de refúgio no Brasil. Agora, pretendem aprender a língua portuguesa, conseguir um emprego e iniciar uma nova vida em Pernambuco. O pequeno Lawan Aman, de apenas 4 anos, filho de Ida Aman, também está sendo acolhido pelo estado e pela igreja católica.

Com o apoio de um tradutor, Madida Dárruísh disse que escolheu ficar no Brasil porque, ao contrário do Iraque, considera que aqui é um lugar seguro para se viver. Ela disse ainda que deseja terminar a universidade, trabalhar e se estabelecer em Pernambuco.

Sobre a cunhada, Ida, Madida contou que ela pretende aprender a falar português, ensinar o idioma ao filho e trabalhar.

Confira os detalhes na reportagem de Marcela Maranhão:

Entenda o caso

As duas jovens e a criança desembarcaram no Aeroporto do Recife no dia 30 de dezembro do ano passado, com passaportes falsos, quando foram abordadas pela Polícia Federal.

No entanto, o caso passou a ser tratado como sendo de cunho humanitário, já que a família tentava fugir dos conflitos que acontecem no Iraque.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, esclarece que o Estado continua prestando suporte às estrangeiras, que já conseguiram resgatar os passaportes, tirar o CPF e já têm o documento que garante de maneira provisória a legalidade delas no Brasil.

A família de iraquianos continua hospedada pela organização católica Obra de Maria, que fica em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.