Um dia após a entrega dos kits de identificação para ambulantes que trabalham na Avenida Agamenon Magalhães, área central do Recife, quem passa pelo local, aprovou a padronização dos vendedores informais.
É o caso da auxiliar de serviços gerais Érica Costa, que, por ser mulher, se sente mais vulnerável à violência. “Quando você anda sozinha é mais fácil ser assaltada, é um risco muito maior”, explicou.
Até o próximo domingo, cerca de 200 ambulantes que trabalham na Avenida Agamenon Magalhães vão receber kits com chapéu e camisa longa de proteção ultravioleta, contendo os nomes e número de cadastro do vendedor.
A ação da Secretaria de Defesa Social, em parceria com a Prefeitura do Recife, tem como objetivo inibir a ação de assaltantes na localidade.
Confira os detalhes na reportagem de Kimberly Neri:
Opinião dos ambulantes
O ambulante Marcelo Henrique, de 20 anos, comemora a iniciativa e diz que as vendas melhoraram depois da padronização dos comerciantes. “A gente achou melhor porque os próprios motoristas estão parando pra conversar com a gente, comprando as coisas”, disse.
Mas quem não tem motivos para festejar é o ambulante Renan Oliveira, que trabalha há quatro anos na via. Ele ainda não está cadastrado e não sabe a quem recorrer para ter o trabalho formalizado. “Eu fui na SDS e a polícia disse que não tem nada a ver com isso não”, reclamou. “Quero correr atrás para ter minha farda”, lamentou.
Tentamos contato com a Prefeitura do Recife, mas até o fechamento desta matéria não obtivemos retorno.
Segundo a Polícia Militar, desde agosto do ano passado, houve reforço do policiamento na avenida por conta dos frequentes assaltos. De acordo com a PM, a ação apresentou uma redução de 46% no número de ocorrências.