DESABAFO

Criador do Galo desabafa e diz que escultura não saiu como planejado

O artista plástico Whalter Holmes postou em rede social que Galo “nasceu diferente”, mas diz que não pode “renegar o filho”

Rádio Jornal
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Publicado em 14/02/2018 às 12:48

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Gordinho, menor, desproporcional e o que mais demorou a ser montado. Essas são algumas das críticas feitas ao Galo gigante, uma das polêmicas do carnaval 2018 do Recife. A escultura, que está sendo desmontada nessa quarta-feira de cinzas (14), ainda rende comentários. O artista plástico responsável pela idealização do monumento, Whalter Holmes, quebrou o silêncio e desabafou em uma rede social após as críticas recebidas. “Nasceu diferente do que eu esperava”, postou no Facebook.

Aos 40 anos, escultura do Galo da Madrugada frustra foliões

A escultura foi montada no fim da tarde da sexta-feira (9), a menos de 24 horas do desfile do maior bloco carnavalesco do mundo. Segundo Whalter, que escreveu em forma de poesia, ele teve “um filho”, mas disse que ele “veio meio diferentão”. “Entre o sonho e a matéria há sempre um caminho. Nasceu gordinho. Culpa de quem?”, afirmou.

Veja o desabafo

O artista, contudo, defendeu o resultado final dizendo que filho não se renega: “Meu galo franciscano. Lindo e meu. Não se renega um filho. Galo Francisco, Eu te amo”, escreveu. O artista, estreante na função de idealizador do galo gigante, recebeu apoio nas redes sociais. A postagem tem mais de 300 curtidas.

“Só quem verdadeiramente fez parte da equipe sabe o quão difícil foi esse trabalho, em tão pouco tempo tirar o gigante do papel e por majestosamente em pé na ponte para com segurança, receber os foliões do nosso Carnaval 2018”, disse Fabi Santos, uma das seguidoras do profissional. “Realmente não souberam, ou não puderam, executar o seu projeto maravilhoso. Uma pena”, disse Marcos Medeiros da Mota Silveira, também seguidor.

Não é a primeira vez que a imagem do galo gigante, maior símbolo do carnaval pernambucano, desperta críticas. Em 2017, o escultor responsável pela idealização do personagem entre 2010 e 2016, Sávio Araújo, deixou o projeto com críticas a Prefeitura do Recife. Ele não aceitou montar um galo cinza para ser grafitado.

Quem comandou o projeto no ano passado foi o jornalista e grafiteiro Flávio Barra, do grupo Santo Forte nas Ruas. Quem assinou a escultura foi o arquiteto Carlos Augusto Lira. A estatueta foi muito criticada por ser menos exuberante e com um aspecto tido como “estranho” para grande parte dos foliões.