Após analisar os sistemas de propinas da Odebrecht, a Polícia Federal encontrou “evidências de destruição de dados”. Esse laudo foi entregue à Operação Lava Jato nesta sexta-feira (23), após verificar 11 discos rígidos e dois pendrives.
De acordo com esse relatório, a destruição de dados aconteceu no dia 22 junho de 2015. Três dias antes, Marcelo Odebrecht havia sido preso pela Lava Jato na Operação Erga Omnes.
O MyWebDay, software desenvolvido pela empreiteira e o Drousys , sistema de informática pra comunicação do setor de propinas da empreiteira, foram o alvo da perícia. Ambos os sistemas eram ligados ao Setor de Operações Estruturadas.
As informações foram destruídas por meio de comando de informática, no qual tem por funcionalidade, sobrescrever arquivos com dados aleatórios, com o intuito de destruir o conteúdo dos arquivos, para impedir a leitura dos dados previamente existentes ou recuperar de outra forma. Os peritos da Polícia Federal, afirmaram que no laudo apresentado, existem arquivos de histórico de conexões remotas, em data/hora próximo ao evento de destruição de dados, contendo registros de acesso oriundos, com endereço de IP.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, que caso haja uma solicitação judicial pelos registros históricos, poderá indicar o responsável pelas conexões registradas e, com isso o responsável pela destruição dos arquivos.