DEBATE

Debate da Super Manhã discute o preço dos combustíveis

Wagner Gomes recebeu o um economista e o Sindicombustíveis nesta sexta-feira

Rádio Jornal
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Publicado em 02/03/2018 às 14:19

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O debate da Super Manhã discutiu, nesta sexta-feira (2), a carga tributária do Brasil e o preço dos combustíveis. O comunicador Wagner Gomes recebeu o presidente do Sindicombustíveis Alfredo Pinheiro Ramos, o economista Écio Costa e o jornalista de economia do Jornal do Commercio Edilson Vieira.

Confira o debate na íntegra:

Carpina tem a gasolina mais cara da Zona da Mata Norte
Belo Jardim, no Agreste, tem a gasolina mais cara de Pernambuco

Preço e lucro

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis Alfredo Pinheiro Ramos, o preço cobrado pela refinaria e a alta carga tributária do País e do Estado não geram margem para os combustíveis custarem mais barato ao consumidor final na hora de abastecer. "Hoje a média de compra de combustível pelos postos é R$ 3,65 o litro. Como posso vender a R$ 3,69?", diz. Sobre os postos que cobram mais barato, ele sugere: "cabe as autoridades fazer a fiscalização adequada para saber qual é a mágica que ele faz". "Hoje em Recife eu não tenho margem bruta de 5% de lucro", diz.

Posto de combustíveis na Zona Norte vende gasolina a R$ 3,79
Motoristas reclamam de mais um reajuste no preço da gasolina

Para ele, os postos de gasolina que cobram muito menos que os outros postos podem estar receptando combustível roubado. "No ano passado, a cada três dias, um caminhão de combustíveis saindo de Suape foi roubado. Quanto representa esse custo?", questiona.

Cartel e monopólio

O economista Écio Costa não acredita na existência de um cartel onde os donos de postos de combustíveis se organizam para combinar os preços cobrados nas bombas. "O que existe é uma realidade de monopólio a partir do refino e da distribuição por parte da Petrobras", diz. De acordo com ele, a empresa refina 95% ou mais do combustível produzido no País, além de ser responsável por cerca de 30% da distribuição dos combustíveis. Ele acredita que a participação de empresas estrangeiras nessas atividades poderia reduzir os preços cobrados ao consumidor final.