Pernambuco é conhecido por alguns ritmos musicais como o Frevo e o Forró. Mas, o Estado também se destaca quando o quesito é black music. E uma das suas maiores representantes é a cantora Edilza Aires. Com voz marcante e timbre profundo, a artista mostra que tem fôlego e fôlego de sobra para cantar composições de Tim Maia, Jorge Bem Jor, Sandra de Sá, entre outros.
Edilza já se apresentou em diversos programas, cantou em outros países e abriu shows importantes, como por exemplo o da consagrada cantora, Nana Caymme. Entretanto ela lembra que não é cantora de um estilo só. “Eu sou uma interprete e nenhum estilo me domina”, explica.
25 anos de luta e sucesso
Ao conversar com o comunicador, Marcelo Araújo, no programa Movimento desta terça-feira (6), a intérprete detalhou as dificuldades que viveu, mas anunciou novidades. No dia 27 de abril, o teatro Dona Lindú, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, será palco da gravação em DVD de uma história de 25 anos de carreira.
O evento vai além da comemoração. A entrada será gratuita e o público apenas vai precisar levar donativos, que segundo Edilza será revertido para instituições de caridade. Os interessados em retirar os ingressos para o show devem mandar um e-mail para o endereço eletrônico: [email protected].
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Perfil
Acostumada com a música desde a infância, Edilza herdou do pai – cantor de rádio da década de 50 – a voz marcante de mezzo-soprano. Seu timbre impressiona. Quando sobe no palco, a cantora imprime sua personalidade ao soul, funk, R&B e cria um estilo próprio que foge das tradicionais vozes da música negra americana.
A pernambucana já dividiu a cena com nomes de peso como o baterista Manu Katché (atualmente músico de Sting), a cantora Paula Lima (junto com alguns integrantes do Funk Como Le Gusta) e os cantores Cláudio Zoli e Luiz Melodia.
Edilza possui um repertório bastante eclético, valorizando nomes da cultura brasileira como Lenine, Cartola e Gilberto Gil. Mas, não abandonou suas origens; os seus dois CDs – “EDILZA”, lançado em 2002 e “Hora de União”, lançado em 2006 – foram instrumentos de divulgação da black music regional. O trabalho conquistou o público e a mídia local, sendo ovacionado pelos críticos musicais do Estado.
No “Concurso de Música Carnavalesca Pernambucana 2007/2008 e 2008/2009”, Edilza foi considerada a melhor intérprete. Em dezembro de 2009 recebeu o prêmio: “Melhores do Ano” promovido pela ACINPE, onde conquistou dois troféus, o de aclamação popular, através dos votos pela internet, e o dos críticos de música e arte do Estado.