FEMINISMO

Flores hoje nos lembram a morte, diz ativista sobre lutas das mulheres

Frequência 2.0 debate luta pela igualdade com coletivos feministas Mulher Vida e Marcha das Vadias Recife. Feminicídio e aborto entraram na pauta

Rádio Jornal
Rádio Jornal
Publicado em 12/03/2018 às 11:42

Imagem

Dia Internacional da Mulher é dia de luta e de reflexão do abismo ainda existente entre mulheres e homens. Na lógica da data, o “Frequência 2.0” debateu o feminismo e as pautas que norteiam a busca pela igualdade com a participação dos coletivos feministas Mulher Vida e Marcha das Vadias Recife. Você acompanha o programa na íntegra abaixo.

Luta de todos

Para Adriana Duarte, ativista do coletivo Mulher Vida, que foca na luta contra a violência sexista, o 8 de março não é um dia de dar flores, mas de exigir respeito: “Flores hoje nos lembram a morte. Porque muitas mulheres são assassinadas por agressores que chegam com flores em casa. Flor não, a gente quer respeito e um espaço igualitário”, desabafa.

Misses Plus Size Pernambuco debatem padrões de beleza e gordofobia
Pernambuco recebe 1ª Bienal Geek em maio

Já Rebecca França, do coletivo Marcha das Vadias Recife, diz que o machismo é sentido diariamente e machuca: “o machismo parece uma gotinha de ácido caindo na sua pele todos os dias. Nós não temos um segundo de zona de conforto”, declara. Ela explicou que o Dia Internacional da Mulher – 8M – é o momento capaz de reunir todas as pautas que interessam às mulheres no mundo.

Imagem

Apesar dos elevados índices de feminicídio e da força da cultura do estupro, as ativistas enxergam um futuro de esperança. “É irreversível: as meninas não querem mais cumprir o papel que sempre foi imposto para as mulheres”, diz Adriana Duarte. Rebecca Garcia fala da importância de se impedir os retrocessos nas garantias individuais e do direito ao próprio corpo e que o Brasil não pode permitir que uma mulher seja obrigada a ter um filho fruto de um estupro.

Destilady, Slam das Minas e mais

Na edição especial cabe a derrubada de mitos machistas como o de que “mulher não aguenta bebida” ou que “lugar de mulher não é no bar”. No quadro “Mistura Massa”, uma entrevista com a jornalista e especialista em whisky, Paula Limonge, a Destilady.

O programa também contou com uma entrevista com a poeta Patrícia Naia, uma das fundadoras do Slam das Minas PE. A competição de poesia de protesto vai ter uma edição especial no Teatro Arraial Ariano Suassuna no próximo dia 15.

Michelle Melo: o Brega e o nosso povo merecem mais respeito

No quadro “Tá Ligado”, a diretora de mídias sociais do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, a jornalista Maria Luiza Borges, destaca tudo sobre uma grande convenção de tecnologia que acontece nos Estados Unidos.

Sexo e Relacionamento

A sexóloga Silvana Melo derruba tabus da sexualidade feminina, como masturbação e orgasmo.

“A religião influi diretamente na música”, diz Karynna Spinelli

Astros e Estrelas

A astróloga Angela Brainner fala das mulheres de cada signo, começando por Câncer, Escorpião e Peixes.