SAÚDE

Surto de conjuntivite aumenta atendimentos no Altino Ventura em 351%

Entre 1º de janeiro a 14 de março, a Fundação Altino Ventura registrou 11.868 casos de conjuntivite

Rádio Jornal
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Publicado em 23/03/2018 às 12:36

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Um levantamento feito pela Fundação Altino Ventura (FAV) apontou que 11.868 pessoas tiveram diagnóstico de conjuntivite confirmado entre 1º de janeiro a 14 de março, o que representa um aumento de 351% no número de casos, em comparação com o mesmo período de 2017. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a inflamação da conjuntiva, membrana que reveste os olhos e as pálpebras é comum nesta época do ano, porém, o aumento acima do esperado no número de casos registrados entre janeiro e março de 2018 em Pernambuco lança um alerta para os cuidados necessários para prevenir a doença.

Por causa do aumento no número de casos, a FAV emitiu um comunicado aos pacientes informando que o surto de conjuntivite tem ocasionado aumento no tempo de espera pela consulta. A unidade, que recebem, em média, 700 atendimentos por dia, tem registrado pelo menos 900 casos só na emergência.

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Nos corredores da unidade de saúde, muita gente com os olhos vermelhos e lacrimejando. Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro:

O órgão não informou os possíveis motivos do aumento, porque a notificação da doença não é compulsória. Agora, o Estado busca saber se outras unidades de saúde também registraram mudança no número de atendimentos.

SINTOMAS

Os sintomas incluem, além da coceira e vermelhidão, sensação de desconforto nos olhos, secreção purulenta ou esbranquiçada, pálpebras grudadas ao despertar, fotofobia e sensação de areia ou ciscos nos olhos. Em geral, a conjuntivite acomete os dois olhos, podendo durar de uma semana a 15 dias.

SEQUELAS

Os quadros de conjuntivite, na maioria das vezes, são resolvidos espontaneamente, mas, em alguns casos, se não forem tratados corretamente, podem deixar sequelas. Um paciente que não procura orientação médica e não trata os sintomas pode acabar desenvolvendo complicações, como ceratite (inflamação da córnea), úlcera de córnea ou até mesmo uma perfuração do olho.

A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções de pessoas infectadas e pela forma indireta, na qual o contágio ocorre por meio de objetos, superfícies e instrumentos contaminados. Por isso, alguns cuidados devem ser tomados. Lavar as mãos, evitar coçar os olhos e não utilizar objetos de uso geral de pessoas infectadas são algumas das recomendações dos especialistas.

*Com informações do Jornal do Commercio