Uma sexta-feira santa (30) emblemática: pela primeira vez após 40 anos, o ator José Pimentel não interpreta Jesus Cristo em uma encenação teatral. E a despedida – dolorosa nas palavras dele – marcou o “Frequência 2.0”. O diretor da Paixão de Cristo do Recife foi entrevistado pelos jornalistas Rafael Souza e Ravi Soares e disse que não se sente velho para fazer o papel. Escute o programa na íntegra no áudio abaixo.
“Bateu uma tristeza”
Aos 83 anos, Pimentel interpretou Jesus por 40 anos e anunciou que não faria mais o personagem no fim do ano passado. “No mundo inteiro sou o cara que mais fez o papel de Jesus. É triste e não vai ser fácil tirar a pele do Cristo que vesti por tantos anos”, declarou emocionado. “Fui tirado do papel e não aceito o que disseram de que estou velho. No teatro ninguém fica velho. As pessoas estão num complô contra mim”, disparou.
Pimentel ainda relembrou das dificuldades de conseguir levar o espetáculo todos os anos e que acredita que vai ficar endividado após o término das apresentações. “Não quero nem pensar nisso agora”, disse.
O ator ainda lembrou de momentos marcantes da carreira, quando participou de peças com papéis como Lampião, Frei Caneca e a primeira montagem de “O Auto da Compadecida”. Ele destacou a grande amizade com Ariano Suassuna e a importância de Hermilo Borba Filho para a carreira dele.
Páscoa judaica e mais
Dentro da celebração da Páscoa, o quadro “Mistura Massa” contou com uma entrevista com o professor de história judaica, Jáder Tachlitsky. Ele falou que a celebração tem mais de três mil anos para o povo judeu, conhecida como Pessach (passagem), representando a passagem do povo hebreu pelo Mar Vermelho.
Na coluna “Sexo e Relacionamento”, a sexóloga Silvana Melo fala de quando a religião esbarra na vida sexual e afetiva. O quadro “Astros e Estrelas”, com a astróloga Angela Brainner, segue a série As Mulheres de cada signo, com as de Touro, Virgem e Capricórnio. E no quadro “Tá Ligado”, os fãs festejam os 55 anos de Xuxa Menghel.