SAÚDE OCULAR

Em meio a surto de conjuntivite, emergência da FAV fica superlotada

O oftalmologista da Fundação Altino Ventura (FAV) orienta que população não contaminada com a conjuntivite evitar passar as mãos nos olhos

Rádio Jornal
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Publicado em 02/04/2018 às 13:38

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Os pacientes estão superlotando o atendimento da emergência oftalmológica da Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Boa Vista, na área central do Recife, único local a atender casos de conjuntivite de forma gratuita. A alta procura ainda é resultado do surto e obriga os pacientes a aguardarem por horas e horas até ter uma consulta com um oftalmologista.

O gari Antônio Soares até chegou para trabalhar, nesta segunda-feira (2), e logo foi orientado a procurar pelo atendimento. “Eu cheguei no trabalho e o patrão me mandou vir na hora. Peguei a ficha 219 e agora que chamou a 100. A minha previsão é sair lá para às 22h. O pobre sofre em qualquer canto”, desabafou.

A cena de pacientes em pé, à espera pela consulta é tanta que até filas se concentram do lado de fora da unidade de saúde. E não é por menos, mais de 11 mil pacientes foram diagnosticados até meados de março, numa média de 900 atendimentos dia. O número é 351% maior do que o movimento para o mesmo período de 2017.

A dona de casa maria José da Silva e Souza, é um típico caso que os oftalmologistas alertam para a automedicação. Antes de procurar o Altino Ventura, ela tentou utilizar colírio em casa e a inflamação atingiu os dois olhos.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Sintomas da conjuntivite

Lacrimejamento, coceira, irritação e sensação de desconforto nos olhos são os sintomas mais comuns da conjuntivite. A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções oculares de pessoas infectadas e contágio ocorre por meio de objetos, superfícies e instrumentos contaminados.

O oftalmologista da FAV, Vasco Bravo Filho, orienta quais cuidados a população tem que adotar para se prevenir. “Uma vez diagnosticado com a conjuntivite você não pode apertar a mão das pessoas, porque o contato é basicamente direto”, alertou. “E quem não está com conjuntivite não deve colocar a mão nos olhos”, completou.