Um tumulto entre os manifestantes pró-Lula marcou a chegada do ex-presidente na sede da Polícia Federal em Curtiba, no bairro de Santa Cândida. A correspondente da Rádio Jornal em Curitiba, Flávia Barros, foi atingida por uma bomba de gás nas costas ao fazer a cobertura da chegada de Lula na sede da PF.
"Eu fui atingida por uma bomba de gás que foi lançada, pegou nas minhas costas. Eu estava fugindo com a população. Muitas pessoas ficaram feridas e estão recebendo atendimento médico. Realmente lamentável. Foi uma ação que parecia orquestrada", relatou Flávia Barros.
Ouça o relato da repórter Flávia Barros, da Rádio Jornal
Segundo as lideranças dos movimentos de apoio ao ex-presidente Lula, um acordo havia sido assinado com a polícia para que, após a chegada de Lula, a manifestação fosse dispersada. "Tem filmagens nossas, de dentro para fora. Estávamos respeitando. Os tiros começaram de lá, não soltaram bomba lá [onde se concentram manifestantes contra Lula]. A gente conseguiu ver que não tinha efetivo da polícia do lado de lá, só do lado de cá. Assinamos um documento, só que o que aconteceu depois disso: as bombas da PF começaram. A desculpa é que estávamos forçando o portão, o que não aconteceu. Para nós isso é muito ruim. Tem muita gente ferida.", disse Regina Cruz, presidente da CUT do Paraná, que estava dentro da sede da Polícia Federal.
Dr. Rosinho, presidente estadual do PT e um dos fundadores da sigla, também relatou os momentos da confusão. "Tem crianças feridas. Tem bastante gente ferida, não tem como saber quantos. Do outro lado festa. Eles nos atacaram, começou com a PF dando tiro, eles disseram que estavam forçando o portão. Não estavam forçando, eu estava do lado de dentro", afirmou.
Lula chega à sede da Polícia Federal em Curitiba onde ficará preso
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Curitiba por volta das 22h15 deste sábado (7), no aeroporto Afonso Pena. De lá, foi de helicóptero até a sede da Polícia Federal, no bairro de Santa Cândida, na capital paranaense.