Jaboatão dos Guararapes

Mais de um tubarão pode ter atacado banhista em Piedade

Cemit investiga o caso para saber a espécie de tubarão que atacou o potiguar

Mayra Milenna Gomes
Mayra Milenna Gomes
Publicado em 17/04/2018 às 8:53
Cortesia
FOTO: Cortesia

Após o ataque de tubarão que aconteceu na praia de Piedade em Jaboatão dos Guararapes, no último domingo (15), o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) investiga o caso para saber a espécie de tubarão que atacou o potiguar Pablo Diego Inácio de Melo, de 34 anos. O estudo é feito a partir das lesões do corpo do rapaz. Foram recolhidos materiais do tecido das pernas e dos braços do rapaz. A análise será feita pelo o Instituto de Medicina Legal (IML) e por pesquisadores da Universidade Federal.

O coronel Leodilson Bastos, presidente do Cemit, não descarta a possibilidade do ataque ter sido provocado por mais de um tubarão. O local onde houve o ataque é sinalizado como área de risco. Estudos comprovaram que há um canal de oito metros de profundidade que passa pelo trecho e facilita a chegada das espécies à faixa de areia. O Ministério Público de Pernambuco investiga a relação entre a implantação do complexo portuário de Suape, em Ipojuca, e o aumento de casos de ataques no litoral.

Ouça informações com Juliana Oliveira:

Há quatro anos uma embarcação disponibilizada pelo Estado de Pernambuco, conhecida como Sinuelo, monitorava e capturava os animais e os levavam para o alto mar com o objetivo de evitar os ataques aos banhistas e surfistas. Durante o projeto, 450 tubarões foram afastados da faixa de areia. De acordo com o Coronel Leodilson, a pesquisa chegou ao fim em dezembro de 2014 . De lá pra cá,, nenhum tipo de monitoramento é feito na orla, apenas as placas fixadas na areia da praia indicam a área de risco de ataques de tubarão.

Estado de saúde

Ainda não há previsão pela SDS de um novo convênio para prevenção dos incidentes. O banhista Pablo Diego está internado em estado grave no Hospital da Restauração (HR), no Recife. Ele teve a perna direita amputada e graves ferimentos nos braços. Os médicos controlam uma infecção e não há nenhuma previsão de alta hospitalar. Nas últimas 12 horas ele evoluiu bem. Respira sem ajuda de aparelhos. As drogas vasoativas foram suspensas. A sedação foi reduzida. Alimentação com dieta por via oral. Consciente e orientado. Entretanto, fica mantido o alerta permanente para o surgimento de infecção, comum em pacientes atacados por tubarões.