A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) reafirmou nesta terça-feira (17) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde o dia 7 de abril em Curitiba (PR), será sim o candidato a presidente e que a restrição de visitas a ele é um absurdo. A entrevista foi dada ao comunicador Geraldo Freire, da Rádio Jornal. Acompanhe na íntegra abaixo:
“Seria burrice”
Desistir da candidatura de Lula, líder em todas as pesquisas de intenção de voto, não é uma aposta inteligente. “Seria muita burrice não lançar Lula. Que outro nome tem o peso do ex-presidente?”, indagou a senadora. “A força política do PT é Lula. O PT está recuperando parcelas do povo brasileiro que já teve no passado e agora está tendo novamente”, completou.
Críticas a Moro
Gleisi Hoffmann voltou a criticar o juiz federal Sérgio Moro pela “pressa” na prisão de Lula, que ainda tem recursos a serem julgados pelo TRF-4, no Rio Grande do Sul. “É uma injustiça Lula estar preso. Lula é um preso político”, disse, afirmando ainda que partidos como o PSDB são “protegidos” pelo Poder Judiciário.
Prisão de Lula e Eleições 2018
Gleisi Hoffmann criticou duramente como está sendo conduzida a prisão do ex-presidente na sede da Polícia Federal de Curitiba. “O presidente está isolado, praticamente em uma solitária. Já tem quase 10 dias que ele está preso e eu como presidente do PT não consegui visitar ele. Será que ele é tão bandido que não pode ser visitado por nove governadores, três senadores, todos os presidentes das centrais sindicais e um vencedor do Nobel da Paz”, disse.
Para a presidente nacional do PT, as pessoas não querem outro nome no lugar de Lula. “Nos cenários sem ele, as pessoas não querem votar em outros candidatos”, destacou.
Sobre o cenário local das eleições 2018, Gleisi disse que o PT segue com três pré-candidaturas ao Governo do Estado, com destaque para a vereadora Marília Arraes. A senadora ainda negou as acusações pelo qual é ré na Operação Lava Jato e disse que os delatores precisam “provar o que dizem”.