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Número de vítimas de pedófilo preso no Recife pode chegar a duzentos

Ele se passava por mulher em perfis falsos em redes sociais e pedia para que as vítimas enviassem fotos nuas

Mayra Milenna Gomes
Mayra Milenna Gomes
Publicado em 23/04/2018 às 14:33
Foto: Pixabay
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Em ações de combate à pornografia infantil, a Polícia Federal prendeu um recifense de 27 anos suspeito de aliciar pelo menos 123 crianças e adolescentes através de redes sociais. A ação faz parte da Operação Perros, de combate à produção e divulgação de imagens de pornografia infantil na internet, que foi deflagrada na última quinta-feira (19). Com base na quantidade de material pornográfico apreendido com o suspeito, é possível que o número de vítimas chegue a 200.

Na rede, ele se passava por mulher em perfis falsos em redes sociais, e pedia para que as vítimas enviassem fotos sem roupa. Quando recebia as imagens, o pedófilo começava um plano de extorsão em que pedia dinheiro às vítimas e à família delas, com ameaças de postar o conteúdo na internet. Além da extorsão, o suspeito tinha uma prática que chamou a atenção da polícia, como conta o chefe de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro.

Ouça informações com Felipe Pessoa:

Esta não é a primeira vez que o auxiliar administrativo é preso pelo mesmo crime. Em 2017, ele foi condenado a nove anos e seis meses de prisão, mas conseguiu liberdade provisória depois de cumprir pouco mais de dois anos de reclusão na Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, no Grande Recife, e não parou de aliciar as vítimas. De dentro cadeia, ele usava o celular para manter contato com os menores. Diante do caso, Giovani Santoro ressalta a importância de estar atento a pessoas mal intencionadas na rede.

PRESO

Depois da prisão, o auxiliar administrativo passou por audiência de custódia e, em seguida, foi encaminhado ao Cotel, em Abreu e Lima, onde está à disposição da polícia. Ele foi condenado a 8 anos de prisão por armazenar e dirigir as cenas de pornografia infantil. Caso seja comprovada a prática de extorsão, o administrador pode cumprir pena de trinta anos de reclusão.