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Pernambuco registra primeiro óbito por H1N1 em 2018

A vítima do vírus H1N1 faleceu na última terça-feira (24), mas a SES só confirmou nesta sexta

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 27/04/2018 às 17:34
Alexandre Gondim/ JC Imagem
FOTO: Alexandre Gondim/ JC Imagem

Um homem de 45 anos faleceu no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) vítima de H1N1. Ele havia sido notificado em 16 de abril com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e veio a óbito na última terça-feira (24). Após a análise do Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), divulgada na quinta-feira (26/4), foi constatada a presença do vírus da gripe H1N1 nas amostras coletadas.

A informação foi confirmada, em nota, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na manhã desta sexta-feira (26). De acordo com a SES, é investigado, junto à unidade de saúde e ao município de origem do paciente (Recife), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, investiga o caso do homem, que tinha comorbidade (doença crônica), o que pode ter contribuído para o agravamento do quadro de gripe.

A secretaria destaca que está permanentemente monitorando a circulação dos vírus respiratórios no Estado e que os casos de SRAG reduziram 38,5% em relação ao mesmo período de 2017. Rotineiramente, o órgão também está em contato com os serviços de saúde e com os municípios para reforçar a importância da notificação de SRAG, condição em que há a internação do paciente, e do uso da medicação (oseltamivir) para os casos com recomendação.

Entre quadros graves e leves de gripe, Pernambuco confirma pelo menos 18 casos de pessoas que já adoeceram devido à infecção pelos vírus respiratórios H1N1, H3N2 e influenza B.

Imunização

A SES também reforça que os municípios pernambucanos estão abastecidos da vacina contra a gripe, que protege contra três vírus em circulação: H1N1, H3N2 e B. Ao todo, mais de 2,3 milhões de pernambucanos estão aptos a participar da campanha. Fazem parte dos grupos prioritários: idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), trabalhador de saúde, professores, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

A campanha de vacinação contra a gripe também contempla pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais: doença respiratória crônica, cardíaca crônica, renal crônica, hepática crônica, neurológica crônica; diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e indivíduos com trissomias. A expectativa é imunizar, no mínimo, 90% do público prioritário.

Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro. As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da gripe mediante adoção de medidas de segurança. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.