Karla Nunes, recifense de 30 anos, estava hospedada ao lado do prédio que desabou na área central de São Paulo, nesta terça-feira (1). A jovem contou em entrevista a Graça Araújo, na Rádio Jornal, os momentos de desespero ao lado do noivo durante a evacuação do edifício onde estava. O porteiro do local subiu 15 andares para alertar todos os moradores, às 2h. Ela acordou com ele batendo na porta.
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Fuga
"O anfitrião do local ligou pedindo para a gente sair correndo do prédio porque estava tudo desabando", ela contou. Karla e o noivo precisaram descer os 15 lances de escada, mais três andares de lojas do prédio, porque o elevador estava quebrado. Por causa do barulho e do tremor, eles acharam que poderia ter sido a queda de um avião. "Eu estava em pé e desequilibrei. Saí de pijama", lembra. Nas fuga do prédio, ela viu muita fuligem, janelas quebradas e não havia energia.
Eles não podem voltar ao prédio em que estavam e, agora, estão hospedados na casa de parentes, sem os pertences pessoais. "O importante é que estamos vivos e bem".
Balanço
O repórter da rádio Jovem Pam Fernando Martins falou sobre a situação do local durante a tarde desta terça-feira. Nas próximas 48h, o trabalho dos bombeiros é resfriar a estrutura, que ainda apresenta focos de incêndio. Ele falou, ainda, do homem que por pouco não foi salvo pelo resgate. O homem chegou a pegar a corda, mas o prédio desabou antes dele ser içado. Vizinhos já teriam denunciado à Defesa Civil problemas no edifício, mas processo foi arquivado.
Ouça informações com Fernando Martins:
Pelo menos 71 pessoas moram no prédio, boa parte imigrantes do Senegal, do Peru e de outros países. O presidente Michel temer esteve no local do desabamento e foi hostilizado pela população.