JUSTIÇA

Caso Serrambi completa 15 anos envolto em polêmicas e mistério

As adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão desapareceram em Serrambi e os corpos foram encontrados em Camela

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 03/05/2018 às 8:24
Arquivo Pessoal
FOTO: Arquivo Pessoal

Nesta quinta-feira (3), completam 15 anos do desaparecimento das jovens Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ambas com 16 anos na Praia de Serrambi, em Ipojuca, Litoral Sul do Estado. Após 10 dias de buscas, os corpos foram encontrados em adiantado estado de decomposição num canavial no distrito de Camela, Litoral Sul do Estado.

Hoje, 15 anos depois, uma das investigações policiais mais polêmicas do Estado ainda desperta dúvidas. Não há data para o recurso especial no Superior Tribunal de Justiça em Brasília, que solicita a anulação do julgamento dos irmãos kombeiros.

Três inquéritos, sendo dois da Polícia Civil e um da Polícia Federal concluíram que as adolescentes foram assassinadas por Marcelo José Lira e Valfrido Lira da Silva. O júri popular realizado em 2010 absolveu os réus pelo placar de quatro a três.

O processo tem quarenta volumes e mais de 10 mil páginas entre depoimentos laudos e reconstituições. Atualmente os irmãos kombeiros residem no distrito de Camela e segundo o advogado de defesa devem ingressar com um processo de indenização contra o estado.

Personagens

Dois personagens se destacaram no chamado “Caso Serrambi”: o promotor Miguel Sales e o delegado Aníbal Moura.

Miguel Sales, que sempre duvidou da culpabilidade de Marcelo e Valfrido, chegou a atuar como advogado de defesa dos kombeiros e faleceu em 2014. No mesmo ano, o então chefe na época do crime Aníbal Moura foi excluído da polícia. De acordo com a secretaria de Defesa Social, ele cometeu irregularidades administrativas.