Operação Torrentes

Polícia Federal prende três suspeitos de desvios de dinheiro público

Os envolvidos são suspeitos de fraudes, desvio de dinheiro público e corrupção ativa nas ações de reconstrução após enchentes na Mata Sul do Estado

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 16/05/2018 às 10:29
Agência Brasil
FOTO: Agência Brasil

A Polícia Federal cumpriu novos mandados de prisão preventiva oriundos da Operação Torrentes, que investiga desvios de dinheiro público nas ações de reconstrução das áreas atingidas por fortes chuvas na Mata Sul de Pernambuco e 2010. Foram três mandados de prisão preventiva decretadas pela 13ª Vara da Justiça Federal.

Os três presos foram interrogados no Recife e no Maranhão e em seguida foram encaminhados para fazer exame do corpo de delito no IML-Instituto de Medicina Legal, passaram por audiência de custódia onde foi confirmada as prisões preventivas para depois serem conduzidos aos respectivos sistemas prisionais. Os crimes que estão sendo lhe imputados são corrupção ativa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência cujas penas ultrapassam os 20 anos de reclusão. Presos: um religioso(pastor), um advogado, e um coronel da reserva da Polícia da Polícia Militar do Maranhão.

Operação Torrentes

A Operação Torrentes, realizada com apoio da Controladoria-Geral da União e da Procuradoria da República de Pernambuco, foi deflagrada em novembro do ano passado e teve como objetivo desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos vinculados à Secretaria da Casa Militar do Estado de Pernambuco. A investigação teve início no ano de 2016, a partir de um relatório elaborado pela Controladoria-Geral da União com relação aos gastos efetuados pela Casa Militar na cifra de R$ 450 milhões que lhe foram repassados pela União na denominada “Operação Reconstrução” para assistência às vítimas das enchentes que devastaram diversos municípios da mata-sul pernambucana em junho de 2010.

Naquela ocasião verificou-se que a depender do objeto licitado, funcionários da Secretaria da Casa Militar direcionavam os contratos a diversos grupos empresariais em troca de contrapartidas financeiras. Também foram verificados indícios de superfaturamentos e inexecução de contratos.

Foram detectados, também, fortes indícios de superfaturamento em alguns contratos recentemente firmados pela Secretaria da Casa Militar com recursos públicos federais desta feita na “Operação Prontidão”, que tem por objetivo a reestruturação dos municípios da mata sul pernambucana atingidos, uma vez mais, pelas chuvas torrenciais ocorridas em maio do corrente ano de 2017.