SENTENÇA

Padrasto de Maria Alice é condenado a 35 anos e seis meses

Gildo da Silva Xavier assassinou a enteada Maria Alice em 19 de julho de 2015

Rádio Jornal
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Publicado em 22/05/2018 às 19:22
Reprodução/Internet
FOTO: Reprodução/Internet

Gildo da Silva Xavier, de 36 anos, foi condenado a 35 anos e seis meses de prisão pelos crimes de sequestro e cárcere privado; estupro; homicídio qualificado, incluindo a tipificação de feminicídio; e destruição, subtração e ocultação de cadáver da enteada Maria Alice de Arruda Seabra Amorim. A sentença foi proferida em júri popular que ocorreu nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal de Itapissuma. Maria Alice foi assassinada quando tinha apenas 19 anos, no dia 19 de julho de 2015.

Ouça as informações com Isa Maria:

O julgamento

Ele chegou em uma van do sistema penitenciário, algemado, e não quis gravar entrevista. Assim que desceu do veículo, ficou frente a frente com a ex-companheira, e mãe de Maria Alice, Maria José de Arruda, que veio acompanhar o júri e não conteve a emoção quando encontrou o assassino confesso da jovem entrando na Câmara de Itapissuma. "Monstro maldito, vai pro inferno, condenado", gritou.

A juíza Fernanda Vieira Medeiros presidiu a sessão no Plenário da Câmara de Vereadores de Itapissuma. O assassino ainda decepou a mão esquerda da vítima que era onde havia uma tatuagem com o nome do pai. Saiba mais na reportagem de Mhatteus Sampaio:

O Júri

De 16 jurados presentes, foram sorteadas sete mulheres para compor o Conselho de Sentença. As sete juradas fizeram a leitura do juramento antes do início do julgamento do assassinato de Maria Alice Seabra. Entre as pessoas elegíveis para participar do júri, o Ministério Público poderia recusar duas pessoas e recusou dois homens. A defesa de Gildo poderia eliminar três jurados e retirou três mulheres.

Bastante emocionada, uma das juradas sorteadas inicialmente foi dispensada pela juíza Fernanda Vieira Medeiros. Após sorteio, ela foi substituída por outra mulher.

O crime

Maria Alice foi morta no dia 19 de junho de 2015. Para matar a garota de 19 anos, Gildo da Silva Xavier disse que levaria a enteada para uma suposta entrevista de emprego. No caminho para a suposta entrevista, Gildo discutiu com a jovem por conta de uma tatuagem que ela havia feito, espancou, dopou, estrangulou e estuprou Maria Alice Seabra. O corpo da vítima foi encontrado numa localidade conhecida como Engenho Burro Velho, entre os municípios de Itapissuma e Goiana. Gildo ainda amputou o braço da enteada onde havia a tatuagem.

Após cometer o crime, Gildo fugiu para o Estado do Ceará e se entregou à polícia no dia 23 de junho. O corpo da garota só foi encontrado no dia 24 de junho de 2015, em estado avançado de decomposição.