O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), um dos personagens das negociações do governo na greve dos caminhoneiros, reconheceu nesta terça-feira (29) que o movimento paradista foi bem sucedido: “O movimento foi vitorioso e obteve conquistas históricas”, afirmou em entrevista a Rádio Jornal. Acompanhe na íntegra abaixo:
Locaute e esforço do governo
Carlos Marun defendeu o presidente Michel Temer (MDB) e disse que o governo “já fez o que podia fazer”. Para ele, as evidências de locaute (uso da greve por empresários) são claras: “Um total de 48 inquéritos já foram abertos e tenho certeza que muitas punições vão acontecer”, declarou.
O ministro da Secretaria de Governo ainda alertou para movimentos políticos infiltrados dentro da greve: “é o momento de novas investigações. Tem lugares onde os caminhoneiros são reféns”, afirmou.
Sobre as negociações para findar a greve dos caminhoneiros, o representante do governo reconheceu que a primeira proposta de acordo não deu certo. Ele ainda criticou o governador de São Paulo, Márcio França (PSB) por “atrapalhar mais do que ajudar”.
Marun ainda diz que não pode ser cobrado pela falta de reação policial (“não sou delegado de polícia”) e defendeu o atual presidente da Petrobras, Pedro Parente, mesmo reconhecendo que a atual política de preços da estatal não é compatível com a realidade brasileira. “Como presidente da Petrobras, ele (Parente) tem que proteger a empresa”, finalizou.