COMÉRCIO

Caminhões chegam ao Ceasa, mas carga estragada gera prejuízo

Boa parte da carga levada pelos caminhões chegou estragada no Ceasa; situação de abastecimento está sendo normalizada aos poucos

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 31/05/2018 às 13:51
Rafael Carneiro/ Rádio Jornal
FOTO: Rafael Carneiro/ Rádio Jornal

O movimento de caminhões com alimentos atingiu o maior volume de entrada no Ceasa nesta quinta-feira (31). Até o fim do expediente, 450 veículos devem chegar e abastecendo o centro com cargas que estavam em falta como barata inglesa e cenoura vindas de estados vizinhos e frutas da região do São Francisco, no Sertão.

De acordo com a administração, a melhora no movimento de pessoas e a oferta de produto está crescendo e a normalização no abastecimento devem ocorrer na próxima semana, é o que explica o diretor do Ceasa, Gustavo Melo. “Hoje a gente já não tem falta de nenhum produto. A retomada do abastecimento vai ser gradativa. Só para ilustrar, na segunda e na terça a gente recebeu pouco mais de 200 caminhões carregados; já ontem, 356; hoje, a expectativa é de [receber] 450 caminhões e que até a segunda-feira a gente esteja com o abastecimento totalmente normalizado”, apontou.

Comerciantes têm prejuízo

Apesar da volta dos caminhões, muitos deles presos nos bloqueios de estradas de todo o país, cargas chegaram estragadas e os donos de boxes tiveram muito trabalho para efetuar o descarte do que não dava para ser aproveitado.

No caso do Rogério Silva, comerciante que recebeu uma carga de cenouras, o prejuízo contabilizado foi de R$ 95 mil. “A mercadoria chegou estragada. Estamos perdendo hoje cerca de 80% da mercadoria. Os clientes sem querer levar porque a mercadoria está estragada demais, mas é assim mesmo. É o que o Brasil está nos oferecendo hoje, prejuízo total”, contou o vendedor.

De acordo com Rogério, a carga perdida saiu de Irecê, na Bahia, e passou nove dias parada ocasionando uma cena lamentável de alimentos estragados.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Cliente reclama

Entre os consumidores que estiveram no Ceasa sobraram reclamações em relação ao valor e à qualidade. Rosinete Alves compra verduras para revenda e prefere esperar pela melhora na oferta.