OLINDA

Polícia Federal desarticula quadrilha que pichava igrejas em Olinda

Prédios históricos eram os principais alvos das pichações. Operação Grapixo cumpre seis mandados de busca e apreensão

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 06/06/2018 às 7:39
Foto: Divulgação/Polícia Federal
FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (6), a operação denominada “Grapixo”. O objetivo foi desarticular um grupo criminoso voltado que pichava bens públicos e privados, protegidos por lei.

Segundo a Polícia, o grupo era responsável por pichações de edificações e monumentos urbanos, especialmente no sítio histórico de Olinda. Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão na cidade. O intuito é apreender material para subsidiar as investigações que estão em andamento.

Punição

Em seguida, os investigados serão interrogados e indiciados em por destruir, inutilizar ou deteriorar bem especial protegido por lei ou ato administrativo ou decisão judicial; pichar edificação ou monumento urbano ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico e associação criminosa. Estes crimes estão previstos nos artigos 62, I, c/c 65, § 1º, da Lei 9.605/1998 e artigo 288 do Código Penal. Caso sejam condenados poderão pegar penas que variam de 3 meses de detenção a 3 anos de reclusão.

As investigações da Polícia Federal tiveram início em fevereiro de 2018 e certamente marcam o início de um ciclo de restauração de danos ambientais, patrimoniais, urbanísticos e culturais causados à Região Metropolitana do Recife e de conscientização de parte expressiva da juventude pernambucana.

Modo de ação

Boa parte das pichações são assinaturas estilizadas, conhecidas como “tags”, marcas pessoais criadas para serem registradas em diversos lugares, muitos de difícil acesso e até mesmo perigosos, como espécies de troféus a serem exibidos no meio dos vândalos. Durante a apuração, observou-se que a atividade é geralmente praticada durante as madrugadas, por grupos compostos, em sua maioria, por jovens do sexo masculino, que disputam o reconhecimento e respeito entre seus pares. Os pichadores costumam se reunir periodicamente em determinados pontos das cidades para troca de assinaturas e planejamento de novas ações em busca da conquista de “novos territórios”.