JUVENTUDE PERDIDA

Pacto Pela Vida: Metade das vítimas de CVLI tinha entre 18 e 30 anos

O balanço trimestral do Pacto Pela Vida foi apresentado nesta quinta-feira (21)

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 22/06/2018 às 6:35
Foto: JC Imagem
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O balanço trimestral da violência em Pernambuco apontou que metade das vítimas dos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) tinha entre 18 e 30 anos. As informações foram apresentadas nesta quinta-feira (21) durante a reunião do Pacto Pela Vida que marcou a despedida de Márcio Stefanni. O gestor troca a Secretaria de Planejamento e a coordenação do programa de segurança pública pela pasta de Turismo.

Entre janeiro e março, 1.234 pessoas foram assassinadas, 19% a menos do que no ano passado. Segundo os dados, 93,7% eram do sexo masculino e 93,48% eram pardos. O boletim aponta que os homicídios aumentam 18% nos sábados e 16% nos domingos e que dos 8.512 presos, somente 3.964 ingressaram no sistema prisional. Segundo os dados, 82,7% dos crimes são praticados com arma de fogo. No entanto, nos dados do governo não constam nem os horários, nem os locais das ocorrências, nem o nível de escolaridade das vítimas.

Secretário reconhece que não o que comemorar

Márcio Stefanni, de saída da coordenação do Pacto Pela Vida, reconhece que os números não são motivo para comemorar. “Não há o que comemorar, não há dizer que os números são bons, mas há que se dizer que encontramos um caminho”, disse.

Secretário de Planejamento e Gestão, Márcio Stefanni
Márcio Stefanni deixou a coordenação do PPV
Leo Motta/JC Imagem

O secretário afirma que a situação da insegurança é nacional. “É tanto que foi criado um Sistema Único de Segurança Pública. Em Pernambuco nós não tivemos casos como, por exemplo, os incêndios que aconteceram recentemente no Estado de Minas Gerais”, apontou.

Segundo ele, a população tem visto mais policiamento na rua e é otimista quanto às promessas. “É dizer que nós encontramos um caminho, que a população de Pernambuco vê mais polícia na rua, tem visto as ações do governo presente”, afirmou. “Eu posso dizer que a projeção do presente ano mostra que os crimes violentos contra o patrimônio serão melhores do que foram em 2013. Cai primeiro o crime contra o patrimônio para depois diminuir os homicídios”, concluiu.

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