CAMARAGIBE

Justiça decreta prisão temporária de esposa e filho por morte de médico

Corpo do médico cardiologista Dernirson Paes da Silva, de 54 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição dentro de uma cacimba

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 05/07/2018 às 13:41
Bobby Fabisak/ JC Imagem
FOTO: Bobby Fabisak/ JC Imagem

A Justiça de Pernambuco decretou a prisão temporária de mãe e filho acusados de matar o cardiologista Dernirson Paes da Silva, 54 anos, nesta quinta-feira (5). A prisão pela acusação de homicídio de Jussara Rodrigues da Silva Paes e Danilo Paes foi decretada pela juíza Marília Falcone, da 1ª Vara Criminal de Camaragibe.

O prazo da prisão temporária corresponde a 30 dias. Jussara Rodrigues da Silva Paes será encaminhada para a Colônia Penal Feminina Bom Pastor, no bairro de Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife, e Danilo Paes para o Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel), na Região Metropolitana do Recife.

Na manhã desta quinta, mãe e filho participaram de uma audiência de custódia no Fórum de Jaboatão pela ocultação de cadáver do médico. Por esse crime, o juiz Otávio Ribeiro Pimentel havia concedido alvará de soltura com aplicação de medidas cautelares.

A prisão temporária tem duração de 30 dias e pode ser renovada por mais 30 dias.

O caso

Está no Instituto de Medicina Legal (IML) o corpo do médico cardiologista Denirson Paes da Silva, de 54 anos, que foi encontrado esquartejado e carbonizado dentro de uma cacimba na casa onde morava, no condomínio Torquato castro, na estrada de Aldeia, em Camaragibe, na tarde desta quarta-feira (4).

De acordo com a perícia, o corpo estava em estado avançado de decomposição e será necessário realizar a coleta de material da ossada para exames de DNA. Segundo a polícia, o médico foi morto há quase um mês e os principais suspeitos são a esposa e um dos filhos do casal.

Para despistar do crime, a mulher do médico, identificada como Jussara Paes, fez um boletim de ocorrência no dia 20 de junho informando que marido havia viajado para fora do País no mês de maio e não tinha dado mais notícias. Durante as investigações, a delegada desconfiou da participação da família e solicitou o mandado de busca e apreensão na residência do médico.

Até o momento, nenhum parente da vítima compareceu ao IML. O condomínio onde a família morava está isolado para investigações e à tarde haverá uma entrevista coletiva com a Polícia Civil que vai informar detalhes com o fato.