A Polícia Federal passou pelo gabinete do deputado Nelson Marquezelli, do (PTB-SP), e no gabinete do ministro do Trabalho Helton Yomura no desdobramento da Operação Registro Espúrio. O grupo é acusado de montar um esquema para cobrar propina para antecipar o registro de novas entidades sindicais. A fraude funcionava da seguinte forma: os trabalhadores faziam a assembleia, aprovavam a ampliação do sindicato e o pedido era encaminhado ao Ministério do Trabalho. Quem pagava mais propina a esse grupo, formado por políticos e funcionários, ligados ao PTB, recebia autorização para funcionar.
Ouça informações com Romoaldo de Souza, direto de Brasília:
Entenda
Da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (5) a 3ª fase da Operação Registro Espúrio, com o objetivo de combater uma organização criminosa que atuava na concessão fraudulenta de registros sindicais no Ministério do Trabalho. Os policiais federais cumprem, desde cedo, dez mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, em Brasília e no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Além das buscas, a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, serão impostas aos investigados medidas cautelares consistentes em proibição de frequentar o Ministério do Trabalho e de manter contato com os demais investigados ou servidores da pasta, bem como a suspensão do exercício do cargo”, diz a nota da PF.
A PF diz ainda que a ação desta quinta-feira decorre de investigações e da coleta de material nas primeiras fases da Operação Registro Espúrio, que indicam para a participação de novos suspeitos e “apontam que importantes cargos da estrutura do Ministério do Trabalho foram preenchidos com pessoas comprometidas com os interesses do grupo criminoso, permitindo a manutenção das ações ilícitas praticadas na pasta”.