RESGATE

Morte de mergulhador aumenta drama de grupo em caverna na Tailândia

Mergulhador morreu durante operação para levar mantimentos para as 13 pessoas presas em uma caverna na Tailândia

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 06/07/2018 às 13:00
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O drama de um grupo de 13 pessoa preso em uma caverna inundada na Tailândia ganhou mais um capítulo triste. Um ex-mergulhador da Marinha tailandesa envolvido no resgate das vítimas morreu, nesta quinta-feira (5), após ficar sem oxigênio. Saman Kunan, de 38 anos, havia levado suprimentos para as vítimas, mas ficou sem oxigêncio quando retornava para a entrada da caverna Tham Luang.

O mergulhador era triatleta e tinha se voluntariado a participar da operação de resgate. A morte dele, expõe ainda mais os riscos do resgate dos 12 garotos, com idade entre 11 e 16 anos, e do técnico deles, um jovem de 25 anos. "O mergulho é sempre cheio de riscos. Ele pode ter desmaiado, o que o fez se afogar, mas temos que esperar pela autópsia. Apesar de termos perdido um homem, seguimos com fé em nossa missão", afirmou o oficial da Marinha Apakorn Yookongkaew.

Grupo tentou se proteger da chuva em caverna, mas ficou preso
Grupo tentou se proteger da chuva em caverna, mas ficou preso
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Aglomerados sobre uma rocha a cerca de quatro quilômetros da entrada da caverna, alguns garotos não sabem nadar e todo o grupo terá que aprender noções básicas de mergulho. Eles foram encontrados por dois mergulhadores britânicos, na última segunda-feira (2), após terem desaparecido no dia 23 de junho.

"A morte deste especialista mergulhador serve para mostrar a dificuldade dos trabalhos de resgate. Apesar desta morte, não vamos parar de trabalhar para resgatar o grupo", afirmou uma fonte do gabinete do governador da província de Chiang Rai.

O corpo de Kunan será levado para a cidade de Sattahip, no sudeste do país, onde será realizado o funeral. Ele será cremado.

As autoridades analisam as opções para a saída dos meninos. A água está sendo bombeada para fora da caverna, socorristas vão ensiná-los a mergulhar pelas passagens inundadas ou encontrar uma cavidade no teto da montanha por onde poderiam ser retirados com ajuda de um helicóptero.

Desaparecimento e buscas

Equipes com profissionais de várias partes do mundo ajudaram no resgate
Equipes com profissionais de várias partes do mundo ajudaram no resgate
AFP

Os garotos, que têm entre 11 e 16 anos, e o técnico, que tem 25 anos, entraram na caverna de Tham, Luang, perto da fronteira com Mianmar e Laos, após um treino. No entanto, a chuva bloqueou a principal da rede subterrânea complexa, que tem vários quilômetros de comprimento. Mil socorristas de diversos países participaram do resgate.

As autoridades analisam as opções para a saída dos meninos. A água está sendo bombeada para fora da caverna, socorristas vão ensiná-los a mergulhar pelas passagens inundadas ou encontrar uma cavidade no teto da montanha por onde poderiam ser retirados com ajuda de um helicóptero.

Ainda não está certo sobre onde o grupo foi encontrado e quanto demorará para que o resgate seja concluído. Em um ponto ao longo da trilha, alguns meninos deixaram suas malas, disseram autoridades. Em outro, deixaram seus sapatos. Além dos pertences deixados na boca da caverna e marcas de mãos nas paredes, nenhum vestígio deles havia sido encontrado até então.

Eles atravessaram uma placa que alertava os visitantes para não penetrarem no local entre os meses de julho e novembro, devido ao perigo de enchentes durante a estação chuvosa. O alerta também dizia que os visitantes deveriam se reportar à guarda florestal antes de entrar, o que o grupo não fez, segundo as autoridades.