FEMINICÍDIO

Família de secretária morta há um ano cobra agilidade de júri popular

A secretária Gisely Kelly Tavares foi assassinada pelo namorado, o empresário Wilson Campos de Almeida Neto, no aparamento deles no Rosarinho

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 18/07/2018 às 15:26
Reprodução/ TV Jornal
FOTO: Reprodução/ TV Jornal

A morte da secretária Gisely Kelly Tavares, assassinada aos 37 anos, completa um ano nesta quinta-feira (19). Para marcar a data, a família da vítima realiza um protesto para cobrar mais agilidade no julgamento do acusado, o empresário Wilson Campos de Almeida Neto. O ato vai ser realizado após uma missa na paróquia do Bom Parto, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife.

Quase um ano após a morte de Gisely, saiu o pronunciamento que encaminha o apontado como autor de seu assassinato, Wilson Campos de Almeida Neto, para júri popular. A pronúncia partiu da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital e foi publicada nesta terça-feira (17) no Diário Oficial. A decisão é do juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques.

Apesar da decisão, a defesa de Wilson pode recorrer, segundo afirmou o advogado da família de Gisely, José Alves.

A partir de agora o processo passa pela Fase Preparatória, na qual as partes do processo (acusação e defesa) ainda podem emitir pedidos ao Juízo, como novas perícias ou ouvida de testemunhas, por exemplo. Na sequência, será marcada a data para realização da sessão de júri popular.

A prima de Gisely, Zenaide Fernanda, afirma que a família quer evitar que o crime seja esquecido.

Confira os detalhes na reportagem de Felipe Pessoa:

Relembre o caso

Wilson Campos de Almeida Neto, de 41 anos, está preso no Cotel
Wilson Campos de Almeida Neto, de 41 anos, está preso no Cotel
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Gisely foi morta pelo empresário Wilson Campos de Almeida neto no apartamento em que os dois moravam, no Rosarinho, no dia 19 de julho do ano passado. Quando foi encontrado, o corpo da secretária estava despido no banheiro do apartamento.

Na época do crime, a perícia que esteve no local afirmou que não havia sinais de briga. Vizinhos do suspeito chegaram a afirmar que o empresário tinha histórico violento.

O empresário está preso no Centro de Observação e Triagem Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, desde o dia 21 de julho do ano passado, dois dias após o crime. Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado, por feminicídio, motivo fútil e sem chance de defesa.