ELEIÇÕES 2018

Com mais de 90% dos votos, candidatura de Marília vence plenária do PT

Apesar da ordem da executiva nacional apoiar Paulo Câmara, Marília Arraes venceu a convenção estadual e o futuro do PT em Pernambuco segue indefinido

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 03/08/2018 às 7:43
Diego Nigro/ JC Imagem
FOTO: Diego Nigro/ JC Imagem

Após o encontro do diretório estadual do PT, que aconteceu na noite dessa quinta-feira (2), lideranças do partido resolveram apoiar a candidatura da vereadora Marília Arraes ao Governo de Pernambuco. O recurso do grupo pró-candidatura impetrado será analisado pelo diretório nacional, na sede, em São Paulo.

O Partido dos Trabalhadores está focado em fazer do ex-presidente Lula candidato ao planalto, mesmo condenado e preso no Paraná. Pelas regras eleitorais, os partidos têm até o próximo domingo (5) para definir as chapas e coligações. O imbróglio da candidatura própria X aliança com o PSB se arrasta há meses.

Convenção do PT

A executiva decidiu apoiar Paulo Câmara (PSB) em troca da neutralidade dos socialistas na disputa pela presidência. Isso significa rifar a candidatura de Marília Arraes que tinha percorrido o estado construindo um palanque.

Na convenção estadual, ontem, num hotel na Zona Sul do Recife, o clima era totalmente favorável a candidatura própria ao Governo. Dos 251 delegados, 230 foram favoráveis ao nome de Marília Arraes.

Apesar do clima hostil na recepção ao senador Humberto Costa, uma das lideranças da legenda em Pernambuco, ficou decidido que ele seria candidato ao senado inclusive numa eventual aliança com o PSB.

O grupo pró-candidatura promete ir até as últimas instâncias com o intuito de botar o PT estadual na eleição majoritária. Os defensores da parceria com os socialistas apostam que o diretório irá referendar a postura da executiva.

Nos braços da militância, a vereadora petista do Recife Marília Arraes, se mostra entusiasmada para a disputa:

O presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, afirmou ontem que o partido deu uma lição de democracia:

Já o senador Humberto Costa, embora alvo de críticas da militância, defende o pragmatismo em prol do ex-presidente Lula:

Em Curitiba, a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann assegura que não existe puxada de tapete nem rifada: