O promotor da Vara de Execuções Penais, Marcellus Ugiette, está afastado do cargo suspeito de favorecer presos. Na última sexta-feira (3), Ugiette conversou com a Rádio Jornal sobre a operação da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco e disse estar tranquilo.
"Eu estou muito tranquilo do que eu faço, do que eu fiz e vou apresentar todas as provas possíveis e, sem dúvidas nenhuma, Deus vai me proteger. Estou absolutamente calmo”, contou.
Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão durante a operação da Polícia Civil ainda na sexta-feira. Dois processos, um penal e um administrativo, foram movidos contra o promotor para apurar sua conduta. O promotor Marcellus Ugiette ainda não foi ouvido para se defender das acusações. Ele está suspenso das atividades por 60 dias.
Saiba na reportagem de Mário Oliveira:
Acusações
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco, Ricardo Lapenda, explicou que a organização criminosa de estelionatários que o promotor Marcellus Ugiette faria parte tinha atuação dentro e fora dos presídios. A quadrilha estava atuando a mando dos reeducandos e, segundo a investigação, o promotor beneficiava alguns presos. Os detalhes foram apresentados durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (6).
“Ele atuaria para que esses presos fossem transferidos sem maiores obstáculos. Inicialmente se detectava um codinome para essa autoridade. Ele era chamado de ‘Anjo’ e com o avançar da investigação policial chegou-se que era o promotor Marcellus Ugiette da [Vara de] Execuções Penais”, detalhou o coordenador.
Confira na reportagem de Mario Oliveira: