ENTREVISTA

Ministério Público não quer caso Marielle federalizado, diz Raul Jungmann

Ministro da Segurança Pública diz que Polícia Federal está pronto para assumir investigações do assassinato de Marielle Franco. Ele também falou sobre investimentos e sobre armamento da população

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 14/08/2018 às 10:47
Foto: Marcelo Camargo / ABr
FOTO: Foto: Marcelo Camargo / ABr

Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (14), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, voltou a defender que o caso Marielle Franco (vereadora do PSOL-RJ assassinada em março) seja retirado da Polícia Civil fluminense e assumido pela Polícia Federal. De acordo com o ministro, no entanto, o Ministério Público não quer que o caso seja federalizado. Escute na íntegra abaixo.

Investimentos e população armada

Comandante da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro desde o começo deste ano, o ministro diz que a situação no estado começa a melhorar: “Todas estatísticas apontam para melhoria da situação no Rio”, destacou.

Raul Jungmann exibiu números positivos sobre investimentos na área de segurança pública. De acordo com ele, foram comprados 8 mil veículos para a polícia, o que dá uma renovação de 23% da frota. Também citou a compra de mais de 120 mil coletes e que o orçamento tem mais de R$ 40 bilhões para os próximos cinco anos.

Sobre a informação de que cresce o número de cidadãos armados no Brasil, o ministro considera como preocupante: “Porte de armas é ilegal, mas você pode obter desde que fique com a arma em casa”, citou.

Sobre Pernambuco, que ocupa o quarto lugar no ranking de violência, Raul Jungmann diz que o estado tem prioridade nos investimentos e que o Governo Federal assumiu as obras do presídio de Itaquitinga, parceria público-privada, que se arrastam desde 2009.