Na manhã desta sexta-feira (17), familiares e amigos do promotor de Execuções Penais Marcellus Ugiette realizaram um ato em defesa dele em frente ao Ministério Público de Pernambuco da Avenida Visconde de Suassuna. O promotor é investigado na Operação Ponto Cego pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPPE por corrupção passiva e suspeito de ter beneficiado com transferências para a mesma unidade prisional integrantes de uma quadrilha de estelionatários.
Os familiares e amigos afirmam que existe uma perseguição contra o promotor. A advogada criminalista Conceição Jansen diz que conhece Ugiette há muitos anos e afirma que o promotor é "incapaz de dizer uma palavra de ofensa". Ouça a reportagem de Rafael Carneiro:
Afastado
Na operação Ponto Cego, que investiga o promotor, foram apreendidos celulares, pendrive e outros equipamentos eletrônicos na residência e no gabinete de Ugiette. O promotor acabou sendo afastado das atividades por 60 dias para as investigações.
Enquanto isso, uma força-tarefa com seis promotores foi designada a analisar os processos criminais que estavam sob a responsabilidade dele. O grupo deve atuar até o próximo dia 31, mas o prazo pode ser prorrogado. O caso está em segredo de justiça.
- Após 13 horas de depoimento, Marcellus Ugiette reafirma inocência
- Advogado do promotor Ugiette diz que Polícia descontextualizou fatos
- Caso Ugiette: MPPE encontra irregularidades em processos do promotor
- É melhor apurar melhor, se defende Marcellus Ugiette
- Receber presos no gabinete não é crime, diz secretário sobre Ugiette
- Filho defende promotor Ugiette e diz acreditar no trabalho do MPPE
- Estou muito tranquilo do que eu faço, diz promotor Ugiette
- Ugiette teria beneficiado presos em troca de presentes